PSICOLOGIA

Agarrar alguém quando assustado talvez não seja ato de inocência

Um grupo de investigadores suíços e franceses encontrou evidências que sugerem que a tendência das pessoas de se agarrarem ao experimentar o susto pode não ser o ato desinteressado que parece.

Agarrar alguém quando assustado talvez não seja ato de inocência

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Num artigo publicado na Royal Society Open Science, os investigadores das universidades Neuchâtel, na Suíça, e PSL, em França, descreveram um estudo que envolveu a análise de fotografias tiradas a pessoas numa casa assombrada.

Entre o público de filmes de terror, é muito comum ver pessoas a agarrarem-se a alguém quando acontece algo assustador; nalguns casos, essas ações podem ser vistas como uma forma de alívio, ou uma forma de procurar conforto noutra pessoa.

Para saber mais sobre o motivo que leva as pessoas a agarrarem-se quando assustadas, os cientistas analisaram um site onde existem fotografias de pessoas com medo da popular Nightmares Fear Factory, uma atração localizada nas Niagara Falls, no Canadá.

O grupo estudou 460 dessas imagens, observando em particular as situações que envolveram uma ou mais pessoas a agarrarem-se a outras em resposta a um susto.

Os cientistas descobriram que 75 por cento dos que se deparavam com um susto agarravam alguém próximo, segurando-os; as mulheres e as crianças eram mais propensas a fazer isso do que os homens.

Contudo, a percentagem de pessoas que se agarravam a outras diminuía à medida que o número de pessoas ao seu redor crescia. Assim, agarrar alguém era menos provável que ocorresse numa multidão.

Os investigadores acreditam que estas observações indicam que tais ações provavelmente podem ser atribuídas ao interesse próprio ou à auto-preservação.

Espontaneamente, agarrar outra pessoa quando se está assustado ajuda a aliviar o medo, tornando esta atitude num ato de egoísmo, mais do que numa simples procura de apoio.


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