
Cientistas criam “manto de invisibilidade” para evitar rejeição após transplante
MEDICINA E MEDICAMENTOS
Tupam Editores
Uma equipa de investigadores norte-americanos recorreu à técnica de edição genética CRISPR para desenvolver um método que pretende diminuir as taxas de rejeição nos transplantes ao tornar as novas células “invisíveis”.
Esta técnica - Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats - permite alterar os genes, com diferentes propósitos. Neste caso, foi utilizada para dotar as células estaminais de uma espécie de “manto de invisibilidade”, com o objetivo de “camuflar” as células transplantadas para evitar que sejam rejeitadas pelo sistema imunitário do doente.
De acordo com os cientistas da Universidade de São Francisco, o importante é que estas células não sejam detetadas. Se isto acontecer, o organismo não precisa de acionar os seus mecanismos de defesa para lutar contra aquilo que considera um corpo estranho. E é esta ativação dos mecanismos de defesa que, habitualmente, leva à rejeição após o transplante.
Atualmente, para evitar que ocorra rejeição, os pacientes tomam medicamentos para ‘baixar’ as defesas do organismo - os imunossupressores - tornando-os um alvo fácil para todo o tipo de doenças.
Com modificação celular, os cientistas acreditam que é possível apresentar uma nova solução para lidar com a rejeição das células. Os investigadores usaram a técnica de CRISPR para eliminar dois genes das células, incluindo a parte que daria a indicação ao organismo que se trata de um agente externo. Depois disso, tiveram de adicionar uma proteína (CD47) que diz ao sistema imunitário para não destruir a célula.
Apesar de esta técnica ter mostrado resultados positivos em ratinhos de laboratório, ainda não se sabe quando poderá vir a ser testada em humanos.


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