Um estudo publicado no Chronic Obstructive Pulmonary Diseases: Journal of the COPD Foundation permitiu concluir que as estatinas podem diminuir a quantidade de perda de músculo torácico e a aspirina pode contribuir para aumentar a perda de músculo torácico em fumadores e em ex-fumadores.

Muitos fumadores ou ex-fumadores tomam estatinas para controlar o colesterol alto e aspirinas para controlar as doenças cardíacas. As investigações revelam que os fumadores ou ex-fumadores têm aumento da perda de músculo esquelético, especialmente no caso de pessoas com DPOC. Esta doença pulmonar inflamatória compreende várias condições, incluindo bronquite crónica e enfisema, e pode ser causada por genética e irritantes como fumo ou poluição.

No novo estudo, cujo objetivo era determinar se estes medicamentos comuns estão associados à perda de músculo esquelético, os investigadores examinaram dados de imagens de tomografia computadorizada ao tórax do estudo COPD Genetic Epidemiology (COPDGene) para determinar a perda na área do músculo peitoral e na densidade do músculo peitoral.
A investigação incluiu 4.191 participantes que relataram dados de medicamentos e tomografia computadorizada ao tórax para as visitas de fase 1 e fase 2 do COPDGene.

Segundo Toru Shirahata, principal autor do estudo, ao avaliar o impacto desses medicamentos na área e densidade do músculo peitoral, ficou evidente que as estatinas podem reduzir potencialmente a perda de músculo peitoral, enquanto a aspirina pode contribuir para o aumento da perda de músculo peitoral.

Esclarecer o impacto das estatinas e da aspirina na massa muscular esquelética em fumadores é crucial para adaptar as prescrições dos medicamentos para minimizar a perda muscular e melhorar os resultados gerais de saúde nessa população.
Embora sejam necessários estudos adicionais, as descobertas levantam novas questões sobre o papel e a importância do uso de estatinas e da aspirina nos fumantes.