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Exercício reduz risco de quedas em idosas polimedicadas

Um estudo realizado em conjunto pela Universidade da Finlândia Oriental e pelo Hospital Universitário de Kuopio revelou que uma intervenção com exercícios pensados para as mulheres idosas foi bem-sucedida na redução de quedas, especialmente entre aquelas polimedicadas.

Exercício reduz risco de quedas em idosas polimedicadas

MATURIDADE E REFORMA

QUEDAS NO IDOSO


O estudo, cujos resultados foram publicados no Scientific Reports, descobriu ainda que a polimedicação – definida como a toma regular de quatro ou mais medicamentos –, estava associada a resultados mais fracos em testes funcionais que mediam a aptidão física.

Segundo Anna-Erika Tamminen, uma das investigadoras envolvidas no estudo, as descobertas sugerem que, para aumentar a prevenção de quedas na população idosa, os esforços para intensificar a atividade física devem ser direcionados especificamente para aqueles que tomam vários medicamentos.

A equipa realizou uma análise secundária dos dados do Kuopio Fall Prevention Study. O ensaio clínico randomizado incluiu 914 mulheres, com idade média de 76,5 anos no início do estudo – metade das mulheres foi selecionada para um grupo de intervenção de exercícios e a outra metade para um grupo de controle.

Todas as participantes foram submetidas a testes de aptidão física no início do estudo e novamente um e dois anos depois. A toma de medicamentos foi avaliada com um questionário de base, e as participantes foram divididas em seis grupos consoante o número de medicamentos que tomavam. As quedas foram monitorizadas durante cerca de dois anos através de consultas quinzenais por SMS enviadas às participantes.

A intervenção de exercícios incluiu sessões de exercícios guiados duas vezes por semana durante os primeiros seis meses, com tai chi num dia e treino em circuito no outro. Nos seis meses seguintes, as participantes tiveram acesso gratuito às instalações desportivas da cidade.

Durante o acompanhamento, foram relatadas 1.380 quedas, das quais 739 resultaram em lesão e dor, e 63 em fratura. O menor risco de queda verificou-se nas mulheres polimedicadas que participaram da intervenção de exercícios. Nestes casos, o risco foi 29% menor do que o do grupo de controle, que tomavam zero a um medicamento e não tinham participado na intervenção.

Investigações anteriores associaram a polimedicação a um risco aumentado de queda, no entanto, neste estudo a polimedicação não afetou o número de quedas no grupo de controle. Também não se observou nenhuma associação entre o número de medicamentos tomados e o número de fraturas.

Os resultados do teste de aptidão física foram melhores entre aqueles que tomavam zero a um medicamento nos grupos de controle e intervenção, e os piores entre aqueles que tomavam vários medicamentos ao longo do acompanhamento.

Fonte: Tupam Editores

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