DIABETES

Desativar o gene de uma proteína melhora secreção da insulina

A diabetes tipo 2 (DT2) é a doença metabólica mais comum no mundo, afetando a vida de mais de 500 milhões de pessoas. Na doença a capacidade do corpo de libertar insulina está prejudicada, o que leva a níveis elevados de glicose no sangue. Uma investigação liderada pela Universidade de Lund, na Suécia, revelou como os níveis de uma proteína específica são elevados no pâncreas dos doentes, no entanto, desativar o gene da proteína melhora a secreção da insulina.

Desativar o gene de uma proteína melhora secreção da insulina

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A DIABETES, FANTASMA DA SOCIEDADE OCIDENTAL


Uma secreção de insulina reduzida dá origem a níveis elevados de glicose no sangue e aumenta o risco de complicações sérias, como doenças cardiovasculares e danos nos nervos. Apesar da extensa investigação, os mecanismos exatos por trás desta secreção prejudicada de insulina na DT2 não estão totalmente compreendidos.

Há vários anos que o grupo de investigação de Lena Eliasson explora os mecanismos que regulam a secreção de insulina das células beta situadas nas ilhotas de Langerhans do pâncreas. Em conjunto com especialistas da Universidade de Newcastle, a equipa conseguiu recentemente demonstrar como a proteína IGFBP7 afeta a capacidade das células beta de secretar insulina.

Ao estudar a proteína IGFBP7 em relação à DT2, a equipa descobriu que os níveis estavam elevados nas células beta das pessoas com a doença. Depois, investigaram o efeito da IGFBP7 em células beta de indivíduos que não tinham DT2.
Quando trataram as células beta das pessoas sem DT2 com a IGFBP7 verificaram que aconteceu uma redução da secreção de insulina em comparação com o grupo de controle. Além disso, as células que haviam sido tratadas com a IGFBP7 tinham menor expressão de outra proteína que é importante para o bom funcionamento celular.

As descobertas sugerem que os níveis elevados de IGFBP7 prejudicam a função das células beta e a sua capacidade de secretar insulina – o que pode explicar em parte porque se observa uma redução da secreção da insulina na DT2.

A proteína IGFBP7 é regulada por um gene com o mesmo nome. Ao eliminar esse gene em células beta de pessoas com DT2, os especialistas descobriram que houve um aumento na libertação de insulina. Isto leva a crer que a IGFBP7 pode ser um alvo de medicamento para a doença.

De acordo com a professora Eliasson, são necessários mais estudos com células de um maior número de participantes para compreender melhor como a proteína é expressa, para se determinar qual o seu papel na DT2. A esperança é que o conhecimento possa ser usado para desenvolver novos medicamentos no futuro.

Fonte: Tupam Editores

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