MENOPAUSA

Consumo de vitamina A deveria ser menor na menopausa

As vitaminas têm um papel fundamental no funcionamento do corpo. A vitamina A, ou retinol, está associada a uma pele jovem e sem rugas e a uma boa saúde visual, mas os estudos mais recentes sugerem que também ajuda a destruir os ossos, razão pela qual as mulheres deveriam reduzir o seu consumo durante a menopausa.

Consumo de vitamina A deveria ser menor na menopausa

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Especialistas da Universidade de Harvard alertam que, de acordo com investigações recentes, doses modestas que antes eram consideradas seguras também podem aumentar o risco de fraturas ósseas. Assim, aconselha-se reduzir a ingestão da vitamina nesta fase da vida da mulher.

A vitamina A é uma vitamina solúvel em gordura (tal como a D, E e K), o que significa que é absorvida pelo corpo através de alimentos gordurosos e depois se acumula no tecido adiposo. Mas quando ingerida em excesso, a vitamina instala-se noutros tecidos agindo como uma toxina.

A quantidade diária recomendada de vitamina A sempre foi de 5.000 unidades internacionais (UI) ou 1.500 microgramas (mcg). Níveis de até 10.000 UI (3.000 mcg) foram considerados seguros, mas está demonstrado que acima dessa quantidade a vitamina pode acumular-se e causar danos no fígado ou inflamação cerebral.

Poder-se-ia deduzir, então, que é seguro ingerir 5.000 UI de vitamina A por dia, sem qualquer risco para a saúde, no entanto, segundo os especialistas, quando se trata da saúde óssea as coisas não são assim tão simples.

O osso é um tecido vivo em constante renovação. Basicamente, participam do processo dois tipos de células: os osteoblastos, que formam o osso; e os osteoclastos, que o destroem para facilitar a renovação. Até os 30-35 anos, são construídos mais ossos do que os que são perdidos, mas após os 40 anos a destruição excede a construção e ocorre uma perda gradual de massa óssea.

É do conhecimento geral que uma boa ingestão de cálcio e a prática de exercícios de alto impacto melhoram a saúde óssea, e que o álcool a prejudica, no entanto, a vitamina A também desempenha um papel importante nesta equação.
Estudos recentes mostraram que a vitamina estimula os osteoclastos e suprime os osteoblastos. Portanto, uma dieta com fornecimento adequado de vitamina A (mas não em excesso) pode ser contraproducente durante a menopausa, pois nesta fase da vida aumenta o risco de osteoporose nas mulheres.

Embora a principal razão para as mulheres correrem maior risco de osteoporose seja a menopausa, estas também desenvolvem menos osso do que os homens ao longo da vida. Nesta fase, o nível de estrogénio, hormona fundamental para a formação óssea, diminui. É por isso que as mulheres na pós-menopausa são as principais candidatas a sofrer da doença.

Segundo os investigadores, quando se trata da vitamina A, o melhor é moderar. Os estudos demonstraram que um consumo diário de 2.000 a 3.000 UI (abaixo das 5.000 UI normalmente recomendadas) está associado a uma maior densidade mineral óssea.

Fonte: Tupam Editores

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