MENOPAUSA

Jejum intermitente pode ser um grande aliado na menopausa

São vários os estudos que salientam os benefícios do jejum intermitente. De acordo com Marta Marcé, nutricionista e especialista em menopausa, o jejum intermitente também pode ser um aliado nesta fase da vida da mulher, devido à sua ação positiva na saúde hormonal e celular, no entanto, este tipo de dieta deverá ser adaptado de forma a evitar alguns erros comuns.

Jejum intermitente pode ser um grande aliado na menopausa

DIETA E NUTRIÇÃO

JEJUM - Uma estratégia saudável?


O jejum intermitente não é uma dieta milagrosa nem um método exclusivo para perder peso, embora possa ajudar no emagrecimento. Os especialistas que o recomendam consideram que pode ajudar a reduzir o envelhecimento prematuro das células, a reduzir a inflamação e a proteger o cérebro, entre outros benefícios.
Durante a menopausa pode ser uma prática benéfica, mas é fundamental saber aplicá-la corretamente para não alterar o equilíbrio hormonal tão importante nessa fase.

Os benefícios gerais observados em todas as pessoas que fazem jejum intermitente são a ativação da autofagia – um sistema natural pelo qual a renovação celular é estimulada e as células danificadas são eliminadas. Este processo ajuda a combater o envelhecimento.

Também melhora o metabolismo. Em experiências verificou-se que as pessoas que comeram os mesmos alimentos tinham melhor atividade metabólica com jejum intermitente, havendo muitas evidências científicas nesse sentido. Isto é especialmente interessante na menopausa, pois o metabolismo pode desacelerar e o risco de gordura abdominal aumenta.

A aplicação do jejum intermitente muda um pouco a partir dos 40 anos no período pré-menopausa e menopausa. A maioria dos estudos foi realizada com homens ou mulheres em idade fértil e, portanto, não considera as peculiaridades desse período.

O jejum intermitente excessivo ou mal administrado pode aumentar os níveis de cortisol, a hormona do stress, o que pode afetar o nosso bem-estar. Por exemplo, um dos possíveis benefícios da prática é melhorar a resistência à insulina e reduzir o risco de diabetes. Mas o cortisol pode aumentar a resistência à insulina, logo, é preciso ter muito cuidado para não o elevar. Assim, há que evitar certos erros.

Se a pessoa dormiu mal e está cansada e com muita fome e esforça-se para não comer, o seu cortisol vai aumentar, portanto, não haverá benefícios. Outro erro é usar o café para esconder a fome. Muitos cafés também aumentam o cortisol, logo, a solução não é prolongar o jejum. Praticar desportos intensos com o estômago vazio é igualmente prejudicial. Isso pode causar inflamação e afetar a saúde hormonal. Podem-se fazer exercícios leves, mas não se deve jejuar se o treino for exigente.

Para praticar corretamente o jejum na menopausa, as mulheres devem limitar-se a uma janela de jejum mais curta: não mais do que 12-14 horas. Será o suficiente para obter benefícios sem sobrecarregar excessivamente o corpo. Não é exatamente um jejum intermitente, mas sim um jejum fisiológico natural, que também é benéfico.

Há que dar atenção à qualidade da dieta. A alimentação deve ser equilibrada e nutritiva. Não se deve compensar o jejum com excessos. Ficar horas sem comer não significa que temos de nos empanturrar mais tarde. E vice-versa, depois de um banquete não se deve jejuar.

Seja flexível. Não use o jejum como um dogma. Verifique se é bom para si. Se tiver de se esforçar, não será útil. A pessoa deve sentir-se enérgica e bem, apesar do jejum. Caso contrário, a prática deverá ser ajustada.

Fonte: Tupam Editores

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