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Menopausa: quanto mais tarde menor é o risco de doenças

Nos últimos anos a comunidade científica tem-se dedicado a investigar a saúde reprodutiva feminina, o que permitiu descobrir muitas coisas sobre a menopausa e os seus efeitos no corpo da mulher.

Menopausa: quanto mais tarde menor é o risco de doenças

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Além de se ter demonstrado que os ovários são um dos órgãos que envelhece mais rapidamente no corpo feminino, constatou-se que a chegada da menopausa aumenta consideravelmente o risco de as mulheres sofrerem de diversas doenças, como osteoporose ou problemas cardiovasculares.

Um estudo, publicado na Menoupause, uma revista da The Menopause Society, que envolveu mais de 120 mil mulheres foi mais longe, tendo relacionado a expetativa de vida reprodutiva – período de vida que decorre entre a menarca (primeira menstruação) e a menopausa – ao risco de sofrer um acidente cardiovascular.

Quanto maior for esse período, mais tempo o corpo ficará exposto aos estrogénios endógenos produzidos no corpo feminino. E isto parece ser decisivo para reduzir o risco de sofrer de certas doenças e ter uma maior esperança de vida. Mas até onde vai essa relação?

Sabe-se que a multimorbilidade (presença de duas ou mais doenças crónicas na mesma pessoa) é mais comum nas mulheres do que nos homens. O objetivo do estudo era descobrir se isso teria alguma relação com a vida reprodutiva.

Durante a investigação, a associação entre fatores reprodutivos e multimorbilidade foi observada em mais de 1.300 mulheres chinesas na pós-menopausa. Os participantes foram divididos em quatro grupos, dependendo da duração da vida reprodutiva: menos de 32 anos, entre 33 e 34 anos, entre 35 e 37 anos e mais de 38 anos.

Com base nestes grupos, os investigadores conseguiram confirmar que quanto maior a esperança de vida reprodutiva, menor o risco de multimorbilidade, o que significa que o último grupo tinha menor probabilidade de desenvolver duas ou mais doenças crónicas simultaneamente do que os demais.

A fim de melhorar a saúde das mulheres durante a transição para a menopausa e após esta, a equipa sugere que os profissionais de saúde examinem e avaliem os fatores reprodutivos para identificar as mulheres com maior risco de multimorbilidade.

Os investigadores salientam ainda que apesar de o estudo ser revelador, são necessárias outras investigações para melhor avaliar os rumos desta associação, ou seja, se é a presença de múltiplas doenças crónicas que faz com que o ovário deixe de funcionar mais cedo, ou se é o envelhecimento do ovário que causa estas doenças crónicas.

Fonte: Tupam Editores

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