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Vacina contra clamídia mostra-se promissora em testes iniciais

Uma vacina contra a clamídia (Chlamydia trachomatis) desencadeou respostas imunitárias num ensaio inicial, aumentando a esperança de um dia poder ajudar a conter a propagação das infeções sexualmente transmissíveis (IST). Nos resultados do ensaio, publicados recentemente na revista Lancet Infectious Diseases, a vacina foi considerada segura e ainda provocou uma resposta de anticorpos.

Vacina contra clamídia mostra-se promissora em testes iniciais

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Para além de ser a IST bacteriana mais comum nos Estados Unidos, a clamídia é uma das causas mais comuns de infertilidade em mulheres. Se não for tratada, pode causar doença inflamatória pélvica, o que dificulta a gravidez. A bactéria ainda pode originar uma infeção ocular que leva à perda de visão em 1,9 milhão de pessoas em todo o mundo.

No novo ensaio de Fase 1, que ocorreu de 2020 a 2022, os participantes, com idade média de 26 anos, foram divididos igualmente entre homens e mulheres saudáveis.
Os investigadores testaram várias dosagens diferentes da vacina e os participantes receberam a vacina ou um placebo em três dias separados durante um período de quase quatro meses. Além da injeção no braço, os voluntários do estudo também receberam a vacina na forma de colírio.

Apesar dos resultados promissores, permanecem muitas questões. Será que a vacina tem a capacidade de evitar a infeção por clamídia? E se tiver uma infeção, haverá maior probabilidade de ser assintomática? A próxima fase dos estudos terá como objetivo esclarecer estas dúvidas.

Os especialistas já estão a planear lançar um ensaio maior de Fase 2 para avaliar a eficácia da vacina. De acordo com o autor do estudo, Jes Dietrich, do Statens Serum Institut, na Dinamarca, a esperança é que um dia a vacina possa prevenir infeções no sistema reprodutivo e nos olhos.

Já existem algumas vacinas que previnem outras infeções sexualmente transmissíveis: a vacina contra o HPV, a vacina contra a hepatite B e a vacina contra a infeção por Mpox, embora estudos recentes tenham sugerido que podem ser necessárias doses de reforço da vacina Mpox.

Fonte: Tupam Editores

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