TUBERCULOSE

Tuberculose: novo teste cutâneo pode detetar doença facilmente

Os dados da Organização Mundial de Saúde indicam que a tuberculose mata anualmente 1,5 milhão de pessoas. A deteção precoce desta doença devastadora poderia desempenhar um papel significativo na sua erradicação.

Tuberculose: novo teste cutâneo pode detetar doença facilmente

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TUBERCULOSE A AMEAÇA MILENAR


As pessoas infetadas com Mycobacterium tuberculosis, a bactéria que ataca os pulmões na tuberculose (TB), muitas vezes não sabem que a têm até que os sintomas se tornem graves. Dois em cada cinco casos de TB permanecem não diagnosticados ou ocultos, o que aumenta o risco de infetar outras pessoas sem saber.

Os métodos de diagnóstico atuais são lentos, muitas vezes dispendiosos, por vezes difíceis de administrar e não são facilmente acessíveis nas regiões de baixos rendimentos onde a TB é mais prevalente.

O teste mais antigo, a baciloscopia de escarro, está desatualizado e pode demorar três dias a ser processado. A tecnologia GeneXpert, o atual padrão-ouro para o diagnóstico da TB, pode detetar a doença numa hora, mas é cara e não está disponível em áreas remotas. Uma das novas vias para um melhor diagnóstico da TB pode ser a deteção através da pele.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Pretória analisou se uma amostra de borracha de silicone poderia ajudar a identificar as assinaturas químicas da TB. Para o efeito desenvolveram um adesivo em banda, semelhante a um penso, que poderia detetar alguns dos produtos químicos da bactéria da TB.

Os especialistas aplicaram pensos na pele, do tipo banda, equipados com pequenos elásticos de silicone, que foram fixados nos pulsos de 15 indivíduos TB-positivos no Hospital Académico Steve Biko e no Hospital Distrital de Tshwane, em Pretória. Foram ainda fixados elásticos em 23 indivíduos TB-negativos na Universidade de Pretória.

As bandas eram confortáveis e não restritivas e foram usadas durante 30 a 60 minutos. Durante este período de amostragem, os participantes podiam continuar a realizar as suas rotinas. Os elásticos de silicone serviram como armadilhas eficazes para compostos orgânicos semivoláteis e voláteis emitidos pelo corpo durante o período de amostragem.

Após a remoção das bandas, o laboratório conseguiu separar o grande número de compostos químicos encontrados na borracha do silicone, tendo sido detetados 27 compostos associados à TB.

Ao refinar e expandir estas descobertas, o teste cutâneo humano para a TB revela-se promissor como uma ferramenta de rastreio não invasiva na luta contra esta doença infecciosa. Além disso, este avanço não se restringe apenas à TB, podendo ser reaproveitado para ajudar a detetar outras doenças, como a malária.

Fonte: Tupam Editores

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