EXERCÍCIO

Doenças crónicas não reduzem benefícios do exercício

A multimorbidade e a inatividade física são dois desafios fortemente relacionados que as populações idosas enfrentam em todo o mundo. Um resultado prejudicial de ambas é o desenvolvimento de limitações funcionais, que comprometem a sua mobilidade e podem levar à incapacidade e à perda de independência. Assim, é crucial identificar estratégias para promover a atividade física e a funcionalidade entre os idosos.

Doenças crónicas não reduzem benefícios do exercício

EXERCÍCIO FÍSICO

VIVA O DESPORTO


Um estudo conduzido recentemente por uma equipa de investigadores da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, revelou que o exercício também é benéfico e seguro para idosos com múltiplas condições crónicas ou fatores de risco. Apesar das doenças crónicas, o exercício pode melhorar a aptidão física dos pacientes, contudo, deve ser realizado com segurança e na intensidade adequada ao nível inicial.

A investigação, publicada no Journal of Aging and Physical Activity, permitiu apurar que a atividade física aumentou enquanto a resistência aeróbica, a força muscular e a potência melhoraram durante uma intervenção de exercícios multicomponentes de um ano de duração em pessoas idosas com idades entre 70 e 85 anos que anteriormente eram sedentários.

As doenças crónicas e os seus fatores de risco explicaram até 12% das diferenças na atividade física e na aptidão física entre os participantes no início do estudo, mas não mais de 3% das alterações durante o programa de exercícios.

Verificou-se que os benefícios do exercício não foram muito afetados pela multimorbidade. Por sua vez, o aumento da atividade física e a melhoria da condição física podem melhorar a saúde geral e a capacidade funcional, apesar das doenças crónicas.

No estudo, todas as doenças crónicas e os seus fatores de risco foram investigados de forma agrupada. A nova abordagem permitiu que os especialistas considerassem não apenas o impacto global da multimorbilidade, mas também a importância independente das doenças e dos fatores de risco.

Segundo Tiina Savikangas, foi possível descobrir que os efeitos de diferentes doenças na atividade física e no condicionamento físico variam. No entanto, a maioria das doenças não afetou significativamente o desenvolvimento da atividade física ou de qualquer um dos domínios da aptidão física durante a investigação, o que foi uma surpresa positiva.

Em relação à atividade física, incentivam-se todas as pessoas com mais de 65 anos a serem tão ativos quanto a sua saúde e funcionamento permitirem. No entanto, ao dar início à prática de exercício físico, convém ter em consideração as condições crónicas de cada um e começar com um nível de atividade seguro e adequado.

Fonte: Tupam Editores

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