OFTALMOLOGIA

Hordéolo na pálpebra: causas, sintomas e tratamento

Sabe o que é um hordéolo? Talvez desconheça este termo, mais utilizado entre a classe médica e científica, mas certamente já ouviu falar de terçolhos. Possivelmente até já se tentou livrar de algum com a célebre lenga lenga: “Terçolho, terçolho, vai parar àquele olho”.

Hordéolo na pálpebra: causas, sintomas e tratamento

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Bastante comuns, os terçolhos consistem num abcesso palpável, um nódulo ou “inchaço” vermelho ou avermelhado e doloroso que se forma na pálpebra.
Este abcesso resulta de um bloqueio de uma ou mais glândulas sebáceas, localizadas no bordo ou espessura das pálpebras. O bloqueio impede a drenagem do líquido contido nas glândulas, dando assim origem ao incómodo terçolho. Conforme a sua localização e as glândulas envolvidas, os terçolhos podem ser externos (mais frequentes) ou internos.

As causas para o seu surgimento são as infeções bacterianas, sendo os Staphylococcus as bactérias mais frequentes. E são estas infeções as responsáveis pelo bloqueio da drenagem das glândulas.

Numa fase inicial, os sinais e sintomas podem apenas manifestar-se através do aparecimento de vermelhidão na pálpebra. Com o evoluir da doença, forma-se um abcesso ou nódulo com hipersensibilidade e dor com pus de cor amarelada, no centro da zona inchada.
Geralmente, apenas uma parte pequena da pálpebra é afetada, mas por vezes as pálpebras inflamam-se totalmente. O olho pode lacrimejar, tornar-se sensível à luz (fotofobia) e provocar prurido e sensação de corpo estranho.

Apesar de ser bastante incomodativo e até recorrente em algumas pessoas, este problema é de resolução relativamente simples. Para começar não é contagioso, desaparecendo, na maioria das vezes, sem tratamento. Habitualmente, drena de forma espontânea ao fim de 3 a 4 dias, mas pode durar mais tempo, até cerca de um mês.

O tratamento médico consiste na aplicação de antibiótico (pomada oftálmica) na zona afetada durante cerca de 8 dias. Pode ainda recorrer-se à aplicação de compressas quentes sobre as pálpebras por períodos de 15 minutos. Deve fazer-se esta aplicação duas a quatro vezes por dia, de modo a liquefazer as secreções, o que é bom para facilitar a drenagem das glândulas.

Nunca se deve espremer um terçolho, pois pode agravar-se o problema ao permitir que a área afetada se expanda. Em algumas situações, poderá ser necessária realizar uma pequena incisão ou cirurgia de modo a facilitar a sua drenagem.

Nem sempre é possível evitar terçolhos, no entanto, há alguns cuidados que podem ajudar na sua prevenção, como:
Lavar as mãos com água morna e sabão ou usar um desinfetante para as mãos à base de álcool, várias vezes ao dia;
Manter as mãos longe dos olhos;
Deitar fora os cosméticos com prazo expirado;
Não partilhar cosméticos com outras pessoas;
Não usar maquilhagem nos olhos durante a noite;
Manter as lentes de contacto sempre limpas e lavar bem as mãos antes de as manusear.

Fonte: Tupam Editores

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