URINÁRIO

Bexiga hiperativa não associada a distúrbios do sono ou depressão

No geral, os pacientes com bexiga hiperativa (BH) não apresentam piores resultados de distúrbios do sono, fadiga ou depressão do que a população em geral, apurou um estudo levado a cabo por investigadores da Escola de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern, em Chicago.

Bexiga hiperativa não associada a distúrbios do sono ou depressão

DOENÇAS E TRATAMENTOS

INCONTINÊNCIA URINÁRIA


A síndrome da bexiga hiperativa não é uma doença, mas um conjunto de sintomas – urgência urinária, frequência e noctúria –, que prejudicam o comportamento deste órgão. A BH pode afetar adversamente a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e a adesão aos tratamentos, no entanto, a extensão da sua associação é desconhecida.

O objetivo do estudo, publicado recentemente na revista Neurourology and Urodynamics, era caracterizar os distúrbios do sono, a depressão, a fadiga e a adesão à medicação relatada pelo paciente em adultos norte-americanos com BH.

Para o efeito os pacientes preencheram medidas de resultados relatados pelo paciente (PRO) relativamente a sintomas urinários, ansiedade, depressão, fadiga, qualidade do sono e adesão à medicação. As pontuações PRO foram comparadas entre idade, sexo, índice de massa corporal e subgrupos de sono e uso de medicamentos antidepressivos.

Dos 1013 pacientes contactados, 159 completaram as avaliações (mulheres: 67,3%; idade ≥65 anos: 53,5%; sintoma mais grave de BH: noctúria). Os especialistas descobriram que as pontuações de distúrbios do sono, fadiga e depressão eram consistentes com as da população geral dos EUA.

Não se observaram correlações de magnitude moderada ou maior entre a gravidade dos sintomas do trato urinário inferior e de distúrbios do sono, fadiga ou depressão.

Entre os participantes que receberam antidepressivos, quase todos os resultados (por exemplo, sintomas urinários, ansiedade e depressão) foram significativamente piores do que naqueles que não receberam esse tipo de medicamentos. Entre os pacientes que tomavam antidepressivos observou-se ainda uma menor adesão aos medicamentos para a BH.

Segundo os autores, os resultados do estudo caracterizam a experiência de distúrbios do sono e depressão no contexto da qualidade de vida numa amostra de indivíduos com BH e destacam a importância de avaliar a depressão e o sono em ambiente clínico. Nesta coorte de indivíduos com BH foram observadas diferenças importantes entre os sexos e por idade que devem ser levadas em consideração pelos médicos durante as suas avaliações.

Fonte: Tupam Editores

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