SAÚDE E BEM-ESTAR

Estudo revela com que idade as pessoas são mais felizes

Como se desenvolve o bem-estar subjetivo ao longo da vida? Esta questão aparentemente simples foi estudada extensivamente nas últimas décadas, mas uma resposta definitiva tem sido evasiva.

Estudo revela com que idade as pessoas são mais felizes

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Uma equipa de investigadores de várias universidades lançou agora luz sobre esta questão numa revisão meta-analítica abrangente publicada na revista Psychological Bulletin. No estudo, os especialistas examinaram tendências no bem-estar subjetivo (BES) ao longo da vida com base em 443 amostras de estudos longitudinais com um total de 460.902 participantes.

Os investigadores concentraram-se nas mudanças em três componentes centrais do BES: a satisfação com a vida, estados emocionais positivos e estados emocionais negativos.

Os resultados mostraram que a satisfação com a vida diminuiu entre as idades de 9 e 16 anos, depois aumentou ligeiramente até aos 70 anos e depois diminuiu novamente até aos 96 anos. Os estados emocionais positivos mostraram um declínio geral dos 9 aos 94 anos, enquanto os estados emocionais negativos flutuaram ligeiramente entre as idades de 9 e 22 anos, depois diminuíram até aos 60 anos e depois aumentaram novamente.
Foram identificadas maiores alterações medianas nos estados emocionais positivos e negativos do que na satisfação com a vida.

O estudo indicou uma tendência positiva ao longo de um amplo período da vida, se tivermos em consideração a satisfação com a vida e os estados emocionais negativos. Os especialistas atribuem o ligeiro declínio na satisfação com a vida entre os 9 e os 16 anos, por exemplo, às mudanças no corpo e na vida social que ocorrem durante a puberdade.

A satisfação aumenta novamente a partir da idade adulta jovem. Os sentimentos positivos tendem a diminuir desde a infância até ao final da idade adulta. No final da idade adulta, todos os componentes do BES tenderam a piorar em vez de melhorar. Isto pode dever-se ao facto de, nas pessoas muito idosas, o desempenho físico diminuir, a saúde muitas vezes deteriorar-se e os contactos sociais diminuírem; até porque os seus pares morrem.

O estudo destaca a necessidade de considerar e promover o BES com os seus vários componentes ao longo da vida. As conclusões dos investigadores poderão dar orientações significativas para o desenvolvimento de programas de intervenção, especialmente aqueles que procurem manter ou melhorar o BES numa fase avançada da vida.

Fonte: Tupam Editores

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