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Algoritmos dos média social distorcem a realidade

Desde as sociedades pré-históricas que os seres humanos tendem a aprender com os outros membros do seu grupo social ou com indivíduos de maior prestígio, já que essa informação adquirida tinha maior probabilidade de ser confiável e resultar no sucesso do grupo.

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No entanto, com a advento de comunidades globais modernas multidiversas e complexas, especialmente nos média sociais, esses conceitos perderam a sua anterior ineficácia. Na atualidade, ao conectarmo-nos online a uma qualquer rede social, esta pode não ser necessariamente confiável, e as pessoas com quem comunicamos podem facilmente fingir ter um perfil nos média sociais que na realidade não possuem.

Em um artigo publicado recentemente na revista Trends in Cognitive Science, um grupo de cientistas sociais descreve como as funções dos algoritmos de média social estão desalinhados com os instintos sociais humanos correntes, destinados a promover a cooperação, o que pode conduzir à polarização e desinformação em larga escala, fenómeno que em algumas áreas já é observado.

Várias pesquisas efetuadas por utilizadores no Twitter e no Facebook, sugerem que a maioria deles está exausta com muitos dos conteúdos publicados, em particular os de cariz político e por isso, os responsáveis por aquelas ferramentas devem ter de enfrentar muitos componentes reputacionais por disseminação de desinformação, como é referido por William Brady, psicólogo social da Kellogg of Management, em Northwestern, primeiro autor do estudo.

Os algoritmos podem levar a percepções sociais equivocadas, sendo por isso necessário proceder a uma revisão numa perspetiva de aprendizagem social, se quisermos entender de que forma os algoritmos influenciam as nossas interações sociais.

Geralmente os algoritmos selecionam informações que potenciam o incremento do envolvimento do utilizador, com a finalidade de aumentar as receitas de publicidade. Isso significa que amplificam as próprias informações com as quais os humanos tendem a aprender, podendo saturar os feeds de média social, com informação de prestígio, independentemente da precisão dos conteúdos ou da representatividade das opiniões de um grupo.

Fonte: Tupam Editores

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