Mas existem algumas técnicas para ajudar os adultos a guiarem os mais novos na gestão das suas emoções. O primeiro grande passo é os próprios pais estarem serenos. Os adultos devem esforçar-se para ser um exemplo e um modelo de uma forma serena, tranquila e leve de gerir a vida.

Devem mostrar-se entusiasmados em relação ao regresso às aulas tanto quanto a criança deveria estar. Os pais devem incentivar as crianças a partilhar os seus medos e receios e falarem sobre o assunto, pois ao saberem como será o seu regresso à escola a ansiedade vai diminuir.

Começar algumas rotinas uns dias antes pode ajudar a entrar no ritmo e a não estranhar tanta mudança repentina. A criança pode ser preparada para os novos horários, deitando-se e levantando-se mais cedo, por exemplo.

Escolher o material escolar deve ser um momento de diversão entre pais e filhos, antecipando as experiências agradáveis que serão vividas na escola. A preparação da mochila da escola deve ser cuidadosa, e os pais devem dar atenção ao peso que a criança terá que suportar. Mas as crianças também devem ser integradas nessa tarefa.

Sempre que possível, os pequenos devem visitar a escola, de modo a familiarizar-se com o espaço onde irão passar boa parte do seu tempo. Um contacto prévio com o professor também seria muito útil, na medida em que ajudaria a diminuir a desconfiança e o professor passaria a ter um rosto e um nome.

Os pais devem acompanhar a estreia do filho na escola e, nos primeiros dias de aulas, seria conveniente falar com os professores para ficar a par do seu estado de ânimo.

A gestão de tempo extra-curricular também é muito importante, e cada criança tem necessidades ou capacidades diferentes. Os educadores devem integrar no seu horário o período para os trabalhos de casa e deixar tempo livre para a criatividade da criança.

No início do ano, mas também ao longo dele, os pais devem manter-se atentos a sinais de bullying, como arranhões, manchas vermelhas, medo de voltar à escola, etc. O bullying é um comportamento violento e traumático para a vítima. Se a criança revelar algum sinal de bullying, procure saber o que se passa. A primeira abordagem é falar com ela ou com o professor ou outros funcionários da escola. Não ignore, pois as consequências são muitas vezes graves e nalguns casos fatais.