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Magnésio antes de nascimento prematuro tem benefício limitado

Um estudo levado a cabo por uma equipa de investigadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, permitiu concluir que a administração de sulfato de magnésio intravenoso antes do nascimento prematuro, entre as 30 e as 34 semanas de gestação, não melhora a sobrevivência de crianças livres de paralisia cerebral.

Magnésio antes de nascimento prematuro tem benefício limitado

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Publicado recentemente no Journal of the American Medical Association (JAMA), o ensaio clínico randomizado envolveu grávidas com parto esperado entre as 30 e as 34 semanas de gestação em 24 hospitais australianos e neozelandeses entre janeiro de 2012 e abril de 2018.

As grávidas foram aleatoriamente selecionadas para receber sulfato de magnésio intravenoso (4 g) ou um placebo neste período da gestação. Foram incluídos dados de 1.433 grávidas e dos seus 1.679 bebés.

O desfecho primário foi morte (natimorto, morte de nascido vivo antes da alta hospitalar ou morte após alta hospitalar antes dos 2 anos de idade corrigida) ou paralisia cerebral (perda da função motora e anormalidades do tónus e potência muscular avaliadas por um pediatra) aos 2 anos de idade corrigida. Houve 36 desfechos secundários que avaliaram a saúde da grávida, do bebé e da criança. A análise final incluiu 1.365 descendentes (691 no grupo do magnésio e 674 no grupo do placebo).

Os especialistas não encontraram nenhuma diferença significativa entre morte ou paralisia cerebral aos 2 anos de idade corrigida entre os grupos (3,3% e 2,7% para os grupos do magnésio e do placebo, respetivamente). Não se observou diferença entre os grupos nos componentes do desfecho primário.

Em comparação com o grupo do placebo, os neonatos do grupo do magnésio tinham menor probabilidade de ter síndrome do desconforto respiratório e doença pulmonar crónica durante a hospitalização para o parto (riscos relativos ajustados, 0,85 e 0,69, respetivamente).

Não ocorreram eventos adversos graves, no entanto, os eventos adversos eram mais prováveis nas gestantes que receberam o magnésio versus o placebo (77% [531 de 690] versus 20% [136 de 667], respetivamente).
Menos grávidas no grupo do magnésio realizaram uma cesariana em comparação com o grupo do placebo (56% [406 de 729] vs 61% [427 de 704], respetivamente), embora mais grávidas no grupo do magnésio tenham tido uma hemorragia importante pós-parto (3,4% [25 de 729] vs 1,7% [12 de 704] no grupo placebo).

Segundo Caroline A. Crowther, dada a falta de benefícios nesta coorte de crianças, deve-se ter cuidado para evitar desvios terapêuticos assim como o potencial de danos não intencionais.

Fonte: Tupam Editores

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