Para a investigação, publicada no Med, foram utilizados dados de quase 1.000 pares mãe-filho do estudo Kuopio Birth Cohort (KuBiCo), que foram acompanhados desde a gravidez até a criança completar 7 anos.

Sabe-se que o exercício materno durante a gravidez tem efeitos positivos na saúde da mãe e da criança. Num estudo anterior o exercício materno havia sido associado ao fortalecimento da função pulmonar do recém-nascido, mas esta foi a primeira vez que se observou uma associação entre o exercício materno e o desenvolvimento de asma na criança.

O exercício materno e o risco de asma na criança estão associados a muitos fatores de saúde, estilo de vida e ambientais, como peso materno, stress, doença, hábitos de exercícios familiares, nutrição e, por exemplo, ter um cão. Este estudo levou em consideração o impacto potencial desses e de vários outros fatores semelhantes nos resultados, mas não explicou a associação protetora do exercício materno no risco de asma na criança.

As descobertas sugerem que o exercício materno durante a gravidez tem um efeito positivo independente no feto e na saúde posterior da criança. Ainda não se sabe porque razão o exercício materno diminui o risco de asma na criança, mas uma possibilidade é que este contribua para a maturação pulmonar fetal.

Os resultados não indicaram que um aumento na quantidade de exercício, além das três vezes por semana, estaria associado a um risco ainda menor de asma, sendo necessárias mais investigações sobre o papel da quantidade e intensidade do exercício durante a gravidez na prevenção da doença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as grávidas pratiquem cerca de 2,5 horas de exercícios moderados por semana.

Além de poder influenciar significativamente a própria saúde, as descobertas sugerem que realizar exercícios durante a gravidez pode ser uma estratégia valiosa para reduzir o risco de asma nos filhos.