Dieta pobre em fibra na gravidez pode causar atraso na criança
De acordo com um novo estudo recentemente dado a público pelo jornal de divulgação científica Frontiers in Nutrition, a ingestão inadequada de fibras durante a gravidez, pode causar atrasos no neurodesenvolvimento de uma criança.
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Os resultados da investigação mostram que a menor ingestão de fibras durante a gravidez foi associada a um risco mais elevado de atrasos no desenvolvimento neurológico da prole.
As fibras são uma componente crítica de uma dieta saudável e equilibrada, especialmente durante a gravidez, período particularmente complexo que pode influenciar o estado de saúde, sendo por isso recomendável que as grávidas aumentem a ingestão de fibras de acordo com as suas necessidades sob a orientação adequada de especialistas em nutrição.
Os pesquisadores ainda estão tentando entender quais as ações e fatores ambientais durante a gravidez que poderão afetar o desenvolvimento da prole mais tarde na vida, pois apesar de se saber que a dieta pode influenciar a saúde e o desenvolvimento do bebé, os especialistas persistem em investigar no sentido de tentar entender os resultados de algumas especificidades dietéticas.
O estudo agora levado a cabo, confirma que o baixo teor de fibras durante a gravidez atrasa o crescimento do cérebro. Para levar a cabo o estudo em causa, os pesquisadores analisaram estudos anteriores realizados em animais, usando informações do Japan Environment and Children´s Study, em que foram examinados os dados de 76207 pares de mãe-bebé, através dos quais tinha sido revelado haver uma ligação entre a baixa ingestão de fibras na gravidez e o atraso no desenvolvimento do cérebro na prole.
A partir daí, através de questionários aos pais e cuidadores, foram avaliados os atrasos no desenvolvimento de crianças aos três anos de idade, em áreas como o nível de comunicação das crianças, habilidades motoras gerais e finas, resolução de problemas e habilidades pessoais e sociais, sendo que uma pontuação mais baixa indicava níveis mais elevados de atraso no desenvolvimento.
Os resultados sugerem que a ingestão inadequada de fibras dietéticas maternas durante a gravidez, afetou o atraso no neurodesenvolvimento infantil, por diminuição da produção de ácidos graxos de cadeia curta (SCFAs).