PRIMEIROS SINAIS DE GRAVIDEZ

PRIMEIROS SINAIS DE GRAVIDEZ

GRAVIDEZ E MATERNIDADE

  Tupam Editores

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A gravidez é um momento novo e muito especial na vida de uma mulher! Desde o início ela passa por um misto de orgulho e incertezas em relação às mudanças no seu corpo e identidade, ao desenvolvimento do bebé e à mãe que virá a ser. A própria incerteza de uma possível gravidez já tira o sono a muitas mulheres.

Torna-se difícil saber nos primeiros dias após uma relação sexual se uma mulher engravidou ou não, pois a fecundação do óvulo pelo espermatozoide é um evento assintomático. O que a mulher pode sentir são alguns sintomas da ovulação.

Os primeiros sinais de uma gravidez surgem apenas quando o embrião se implanta no útero, facto que ocorre uma a duas semanas após o óvulo ter sido fertilizado, o que equivale à 3ª ou 4ª semana de gravidez.

É importante realçar que os primeiros sinais e a sua intensidade, variam de mulher para mulher, e a mesma mulher pode experimentar diferentes tipos de sintomas em gestações diferentes.

As mulheres que conhecem bem o seu corpo acabam por se aperceber de que algo está diferente, contudo, para a maior parte, os sintomas iniciais da gravidez passam despercebidos, razão pela qual o principal alerta para o seu estado é o atraso menstrual.

A sintomatologia mais comum, antes mesmo de haver um atraso menstrual, deve-se às profundas alterações hormonais que se dão no seu corpo com vista à criação das condições necessárias para o desenvolvimento do embrião.

Um dos primeiros sintomas é a tensão mamária. A mama é uma zona extremamente sensível às alterações hormonais, e a produção de progesterona e hCG (hormona Gonadotrofina Coriónica Humana) estimulam o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos que irrigam fortemente toda a área de implantação do embrião e é este aumento do volume sanguíneo no corpo da mulher que faz com que o peito lhe pareça mais “cheio” e pesado.

Os mamilos também mudam ligeiramente de cor, tornando-se mais escuros. Esta alteração da cor deve-se ao aumento da produção hormonal que induz maior produção de melanina.

As mudanças no humor são igualmente uma consequência das alterações hormonais que ocorrem desde a fecundação – num momento está feliz, noutro fica melancólica, está mais sensível e com as emoções à flor da pele.

Sentir-se cansada e ter mais sono do que habitualmente também é normal. O aumento da produção de progesterona deixa a mulher mais fatigada e com falta de energia.

Inchaço abdominal, desconforto intestinal ou mesmo leves câimbras abdominais também fazem parte dos primeiros sintomas de gravidez, em tudo semelhantes às cólicas que ocorrem antes ou durante o período menstrual.

A prisão de ventre é outro sintoma comum no início da gravidez. Esta é provocada pelos níveis elevados de progesterona, que relaxa o intestino, tornando a digestão mais lenta.

A frequência urinária também sofre alterações. Pouco tempo após a conceção a necessidade de ir à casa de banho aumenta, especialmente durante a noite. A produção da hormona hCG é a grande responsável por isso.

As náuseas e os vómitos são sintomas muito comuns nas primeiras semanas da gestação, sendo inclusive conhecidos como “doença da manhã”, mas podem ocorrer a qualquer hora do dia ou até da noite.

A acompanhar as náuseas e os vómitos a mulher pode sentir mais apetite ou aversão a certos alimentos e cheiros ou até começar a ter desejos por alguns alimentos ou sabores, que antes não lhe agradavam nem faziam parte da sua dieta.

O aumento da temperatura corporal basal ocorre logo após a ovulação  (cerca de 24 a 72 horas depois). Se a temperatura oral ou axilar, medida logo pela manhã, antes de a mulher se levantar da cama e sem ter feito qualquer esforço físico (temperatura corporal basal ou temperatura medida quando o corpo está em repouso) permanecer elevada é mais um sinal de que pode estar grávida.

Algumas mulheres também são surpreendidas com a presença de algumas manchas acastanhadas na pele de pequena dimensão, conhecidas cientificamente por melasma. Estas manchas aparecem, sobretudo, na testa, na ponta do nariz, no lábio superior ou nas faces do rosto mas também podem aparecer nas axilas e nas pernas.

Mais uma vez, as responsáveis por estas pequenas manchas acastanhadas com origem no aumento da produção de melanina (pigmentação escura da pele que se forma como defesa contra a radiação solar) são as alterações hormonais.

De entre os vários sintomas de gravidez o sinal mais evidente de que pode estar grávida, caso o seu ciclo menstrual seja regular, é a ausência do período. Se não for esse o caso, pode notar algum dos outros sintomas da gravidez antes de dar pela falta da menstruação.

Por esta altura a dúvida e a esperança já se instalaram. A possibilidade de uma gravidez já não deixa dormir a mulher devido a tanta expectativa, e por isso o próximo passo é a realização de um teste de gravidez que confirme a suas suspeitas.

Quando fazer o teste de gravidez?

A mulher pode realizar um teste de gravidez assim que dela desconfie, quer devido a um atraso menstrual ou a outros sintomas físicos, como por exemplo náuseas. Não existe um dia exato para todas as mulheres uma vez que a data da conceção varia consoante a duração do ciclo menstrual de cada uma.

A única forma de confirmar uma gravidez é através da identificação da hormona hCG presente no plasma (sangue) ou na urina da mulher.

O teste à urina pode ser feito em casa (são os vulgares testes de gravidez de farmácia) e a análise ao sangue é realizada em laboratório, sendo considerado o teste mais preciso por conseguir detetar níveis reduzidos da hormona na corrente sanguínea.

A hormona beta-hCG é produzida pela placenta após a implantação do óvulo na parede uterina, por essa razão pode não ser detetada se o teste de farmácia (teste da urina) for efetuado cedo demais. Normalmente, aconselha-se a sua realização no quinto dia de atraso menstrual.

Para o teste deve ser utilizada a primeira urina da manhã, antes de a mulher ter ingerido água ou outros líquidos, para evitar diminuir a sua concentração. Quanto mais concentrada estiver a urina, mais fácil será detetar a hormona hCG e mais fiáveis serão os resultados.

Com este tipo de análise, contudo, não se obterá um doseamento da hormona hCG, apenas uma indicação positiva ou negativa de gravidez.

É importante referir que a quantidade de hCG na urina é menor do que no sangue, logo os testes de gravidez de urina não servem para estabelecer o diagnóstico definitivo de gravidez. Em casos especiais, em que seja mesmo necessário determinar se a mulher está grávida, o resultado do teste à urina deve ser confirmado através da análise ao sangue.

Este exame envolve a colheita de uma amostra de sangue e a sua posterior análise, à semelhança do que é feito para avaliar, por exemplo, os níveis de colesterol. A particularidade está no facto de se obter um doseamento da subunidade beta da hormona hCG.

Assim, se um exame sanguíneo apresentar valores de beta-hCG abaixo de 5 mIU/ml, o resultado é negativo, ou seja, não está grávida; se os valores Beta-hCG estiverem entre 5 e 25 mIU/ml o resultado é indefinido. Nestes casos recomenda-se repetir o teste três dias depois. Se o beta-hCG estiver acima de 25 mIU/ml o resultado é positivo, indicando que está grávida e a partir deste momento já é mãe!

Uma mulher torna-se mãe desde o primeiro instante da gestação. Mesmo quando a vida ainda é um minúsculo ser implantado no ventre, já se é mãe no coração. Todos os pensamentos, todos os cuidados se voltam para esse ser que, tão pequenino, já provoca emoções tão grandes.

É importante que nesta fase o pai (ou alguém próximo) acompanhe todas as etapas da gestação, começando pelas consultas pré-natal. Tal como as mulheres, também os homens envolvidos neste processo de se tornarem pais, passam por transformações.

Acompanhamento pré-natal

O teste de gravidez deu positivo, e agora? O passo seguinte é agendar uma consulta pré-natal. Esta consulta serve para, tal como o nome indica, vigiar a saúde da mãe e do bebé antes do nascimento.

Questões nutricionais, de cuidados básicos, indicações para o dia-a-dia e verificação geral do estado de saúde da mãe são alguns dos pontos a analisar durante esta consulta.

Na primeira consulta, a mãe recebe um Boletim de Grávida, que a deve acompanhar durante os nove meses de gestação e onde se regista tudo o que diz respeito à gravidez (evolução de peso, episódios a registar, e os resultados das análises e ecografias – que devem ser  trimestrais).

Nestas consultas também o bebé é avaliado, dentro dos possíveis, uma vez que são auscultados os seus batimentos cardíacos e outros parâmetros básicos, mediante análise dos resultados obtidos nos exames prescritos e previamente realizados.

Até se atingir a 28ª semana de gestação estas consultas devem ser mensais. Entre a 28ª e a 36ª semana, a periodicidade passa a quinzenal e, daí em diante (até ao dia do parto), a grávida deve visitar o médico uma vez por semana.

São também os médicos da consulta pré-natal que encaminham a futura mãe para as aulas de preparação para o parto. Estas aulas permitem aos casais desfrutarem da gravidez com toda a confiança e viverem a chegada do seu bebé de forma descomplicada, serena e bem preparada.

Não tenha receios. Sinta-se antes privilegiada por receber o milagre da vida. Estar grávida é uma das experiências mais gratificantes para a mulher. Viva a sua gravidez em pleno!

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
24 de Setembro de 2024

Referências Externas:

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