Os fan jacket estão a ter uma rápida disseminação através das roupas usadas no trabalho, visando proteger as pessoas contra o calor, que no verão é muito intenso e húmido. Os ventiladores inseridos no vestuário absorvem o ar externo, evaporando o suor, libertando calor por evaporação e arrefecendo o corpo.

A ideia não é inédita! Os primeiros modelos deste tipo de equipamento foram lançados no mercado em 2004, sendo alimentados por uma pequena bateria de curta duração, mas apresentavam defeitos. Relançados em 2009 por várias empresas, cada uma com seus modelos próprios, depressa os japoneses se foram adaptando à ideia até que em 2015 o fabricante de ferramentas elétricas e acessórios Makita lançou no mercado o seu primeiro modelo.

Esta empresa dispõe atualmente de uma vasta gama de produtos equipados com baterias especializadas, que permitem manter os ventiladores a funcionar durante mais de 60 horas. Daisuke Seiki, um dos responsáveis da empresa, explica que a grande parte dos seus clientes são carpinteiros, construtores e em geral pessoas que trabalham ao ar livre, o que propiciou o desenvolvimento de uma solução adaptada ao bem-estar dessa classe de trabalhadores.

Uma outra inovação desenvolvida por várias empresas tecnológicas, para proteger do calor, é um tipo de ar condicionado portátil designado por Reon Pocket, que é pendurado ao pescoço e dissimulado no interior do vestuário.

Este equipamento nasceu de um programa de aceleração de startups da Sony, tendo sido inicialmente financiado por crowdfunding em 2019 e tendo chegado ao mercado já durante o ano corrente. Os sensores do dispositivo detetam comportamentos, como o andar, ajustando automaticamente a temperatura.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, pede “ação imediata e dramática” contra as alterações climáticas, referindo que “já não há mais desculpas” pois já não se consegue respirar, lembrando igualmente que o mês de julho deste ano foi o mês mais quente, desde que há memória.