Descoberta via promissora para recuperação de lesões da coluna
A inflamação prolongada após lesão da medula espinhal é prejudicial para a recuperação. Uma equipa de cientistas a investigar possíveis medicamentos para melhorar a recuperação deste tipo de lesões descobriu um caminho promissor para novos tratamentos.
A promoção da saúde tem como base a aceitação de que os comportamentos em que nos envolvemos e as circunstâncias em que vivemos têm influência na nossa saúde.
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No estudo, os especialistas da Universidade de Edimburgo, do Instituto de Investigação do Centro de Saúde da Universidade McGill e da Universidade Técnica de Dresden testaram mais de 1.000 medicamentos em potencial e identificaram que um existente – a cimetidina – melhorou a reparação da coluna vertebral no peixe-zebra.
Quando testada em ratinhos com lesões na coluna a substância também ajudou a melhorar a recuperação do movimento e a reduzir a extensão dos danos na medula espinhal. Estas descobertas vieram lançar nova luz sobre as vias biológicas envolvidas na recuperação de lesões na medula espinhal.
Impactos repentinos na medula espinhal, como os causados por um acidente de carro, por exemplo, podem levar a lesões permanentes. A cura pode ser ineficiente devido à inflamação causada por uma reação exagerada do sistema imunológico do organismo, que normalmente protege contra infeções. Os medicamentos que reduzem a inflamação suprimindo toda a resposta imune também inibem as células imunes que promovem a reparação.
A investigação, publicada na revista Theranostics, testou vários medicamentos em larvas de peixe-zebra quanto à capacidade de prevenir a inflamação excessiva durante uma resposta imune. Os especialistas descobriram que a cimetidina atua ajudando a regular os níveis de histamina – uma substância química libertada pelo sistema imunológico que está envolvida em reações inflamatórias – no organismo.
As descobertas permitiram identificar uma via de sinalização específica que modera a resposta imune após uma lesão na coluna vertebral para apoiar a reparação.
Segundo os cientistas este estudo destaca a utilidade do peixe-zebra no processo de descoberta de medicamentos. Para a Professora Catherina Becker, a capacidade de identificar um elevado número de medicamentos utilizando o modelo do peixe-zebra revelou um alvo importante para futuras investigações sobre a reparação da medula espinhal. Estas descobertas abrem portas para novos tratamentos em potencial que podem moderar a inflamação e melhorar a recuperação de lesões na coluna vertebral.
