Comercializado sob o nome Mounjaro, o medicamento funciona imitando a ação de duas hormonas intestinais diferentes. Quando o açúcar no sangue sobe depois de as pessoas comerem, a substância estimula o corpo a produzir mais insulina, o que reduz o açúcar no sangue. Também retarda o movimento dos alimentos no estômago, fazendo com que as pessoas se sintam saciadas durante mais tempo.

O ensaio clínico contou com a participação de 938 adultos com obesidade ou excesso de peso e diabetes tipo 2. Os participantes tomaram o medicamento durante um ano e cinco meses (72 semanas), tendo sido possível concluir que aqueles que tomaram a dose mais elevada perderam em média 14 quilos, ou quase 16% do seu peso inicial.

Os investigadores apuraram que cerca de 82% das pessoas que receberam a dose de 10 miligramas (mg) e 86,4% das que tomaram 15 mg perderam, pelo menos, 5% do peso, em comparação com 30,5% dos indivíduos do grupo placebo que também viram os números da balança descer.

Entre os participantes que receberam os 10 mg verificou-se uma perda média de 13,4% do peso (13,5 kg). Já no grupo com a dose de 15 mg, a redução alcançada foi de 15,7% (15,6 kg), em comparação com os que receberam o placebo. Nestes últimos, a perda média de peso foi de 3,3% (3,2 kg).

Nos ensaios clínicos, as pessoas que tomaram tirzepatida apresentaram mais náuseas, vómitos e diarreia do que as que tomaram uma injeção do placebo. Estes efeitos ocorreram com mais frequência durante o período de mudança da dose e eram, geralmente, de gravidade leve a moderada.

Já se falou muito sobre o potencial da tirzepatida como medicamento para tratar a obesidade. Num estudo publicado no New England Journal of Medicine no ano passado, pessoas com excesso de peso ou obesas, mas sem diabetes, perderam em média 20 quilos com a dose mais alta do medicamento, o que corresponde a mais de 20% do peso inicial.