FIBROMIALGIA

Fibromialgia altera atividade cerebral relacionada à dor

Um estudo conduzido pela equipa de investigadores da RUB, na Alemanha, forneceu evidências de que certas áreas do cérebro envolvidas no processamento da dor não funcionam normalmente em pacientes com fibromialgia. Em pessoas saudáveis, os especialistas garantem que a dor que podemos controlar é mais fácil de suportar.

Fibromialgia altera atividade cerebral relacionada à dor

DOENÇAS E TRATAMENTOS

FIBROMIALGIA


A investigação, publicada na revista científica NeuroImage: Clinical, descobriu que essas áreas do cérebro mostraram atividade alterada em pacientes com fibromialgia.
O grau em que experimentamos a dor e a restrição causada por ela dependem muito de como a percebemos. Se tivermos a sensação de que podemos controlar a dor e acabar com a mesma, por exemplo, esta tolera-se melhor do que se nos sentirmos à sua mercê.

A equipa comparou duas coortes femininas compostas por 21 participantes saudáveis e 23 pacientes com fibromialgia. Ambos os grupos foram expostos à dor causada pelo calor enquanto as suas atividades cerebrais eram monitorizadas através de ressonância magnética.

Na primeira parte da experiência, numa corrida experimental, as participantes conseguiram interromper o estímulo de dor por si mesmas. Na outra, era um computador que controlava o início e o fim do estímulo. A dor dos estímulos terminados pelo computador foi mantida igual, em média, aos estímulos terminados pelos sujeitos do teste.

Quando as mulheres do grupo de controle saudável conseguiram interromper o estímulo da dor, várias áreas cerebrais principalmente frontais foram ativadas e parecem desempenhar um papel importante na modulação da dor. Esta observação é consistente com estudos anteriores que envolveram indivíduos saudáveis. Curiosamente, não foi detetada nenhuma dessas ativações no grupo de pacientes com fibromialgia.

Segundo o professor Martin Diers, líder do estudo, isso pode servir como evidência para o processamento da dor prejudicado entre os pacientes com fibromialgia, o que indica que os recursos cognitivos para lidar com a dor aguda são prejudicados nesses pacientes.

A fibromialgia é uma doença crónica caracterizada por queixas neuromusculares dolorosas e difusas mas também pela presença de pontos de dor em regiões específicas. Trata-se de uma forma de reumatismo associado à sensibilidade do indivíduo perante um estímulo doloroso.

Os principais sintomas da fibromialgia são dor e desconforto muscular, além de cansaço, fadiga, tristeza, depressão, dificuldade de concentração, palpitação, sensibilidade ao frio, sensação de formigamento em mãos e pés e tonturas. Os sintomas também podem influenciar o sono, provocar alteração do humor e diminuição da atividade física.

Fonte: Tupam Editores

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