O objetivo dos especialistas era desenvolver um medicamento para tratar esta doença. A lesão renal aguda, que se caracteriza por insuficiência renal rápida, ocorre em aproximadamente 8% a 16% das pessoas hospitalizadas e afeta mais de 13 milhões de pessoas em todo o mundo.

A condição pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo alguns medicamentos e sepsis. A lesão renal aguda pode levar a problemas fisiológicos, como disfunção mitocondrial, danos em pequenos vasos sanguíneos no rim e perda da função tubular renal. Atualmente, não há tratamento para a doença.

Durante a investigação, cujos resultados foram publicados antes da impressão no American Journal of Physiology-Renal Physiology, os fisiologistas trataram um modelo de rato com lesão renal aguda com lasmiditan. Os animais foram divididos em quatro grupos aos quais se administrou, durante cinco dias consecutivos, o medicamento, começando 24 horas após a lesão renal.

Os especialistas descobriram que o medicamento estimulou a recuperação da função renal, como a biogénese mitocondrial (o processo celular que produz novas mitocôndrias com base em mudanças ambientais e fisiológicas), melhorou a integridade vascular, reduziu a fibrose e reduziu os danos nos túbulos proximais.

O lasmiditan é um agonista 5HT1F oral que já está aprovado pela FDA para o tratamento agudo da enxaqueca com ou sem aura. Para Rick Schnellmann, principal autor do estudo, este é um exemplo clássico de reaproveitamento de medicamentos. Embora sejam necessários mais estudos, Schnellmann acredita que estes primeiros resultados mostram sinais promissores de um tratamento para a lesão renal aguda.