Artrite psoriática: risanquizumabe seguro e eficaz em 52 semanas
Um estudo realizado por investigadores da Universidade Monash, na Austrália, permitiu concluir que o risanquizumabe oferece benefícios a longo prazo em pacientes com artrite psoriática que não obtiveram resposta adequada a terapias anteriores.
De entre as várias doenças que afectam a pele, uma das mais comuns e provavelmente das mais desconhecidas é a psoríase. Conhecer a Psoríase é fundamental para a desmistificar.
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A substância funciona bloqueando uma proteína do organismo chamada interleucina-23 (IL-23), que causa inflamação, e está indicada para o tratamento de psoríase em placas (doença da pele relativamente comum, crónica e não contagiosa que forma placas secas, avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas) moderada a grave em pacientes adultos que são candidatos a terapia sistémica ou fototerapia.
Durante o estudo, publicado recentemente na revista Rheumatology, a equipa de especialistas avaliou a eficácia e segurança de 52 semanas de risanquizumabe 150 mg em pacientes com artrite psoriática ativa que tiveram resposta/intolerância inadequada anterior a uma ou duas terapias biológicas ou uma ou mais terapias sintéticas convencionais com medicamentos antirreumáticos modificadores da doença.
Os pacientes foram aleatoriamente designados para o risanquizumabe ou um placebo nas semanas 0, 4 e 16, sendo que todos os pacientes receberam o risanquizumabe a cada 12 semanas das semanas 28 a 208.
Os investigadores descobriram que, na semana 24, 51,3% dos pacientes tratados com o risanquizumabe (224 pacientes) obtiveram melhora ≥ 20% nos critérios do American College of Rheumatology (ACR20) versus 26,5% dos pacientes tratados com o placebo (220 indivíduos).
O ACR20 foi alcançado na semana 52 por 58,5% dos pacientes no risanquizumabe contínuo versus 55,7% dos pacientes que mudaram do placebo para o risanquizumabe na semana 24. Outras medidas de eficácia mostraram tendências semelhantes. Até à semana 52, as taxas de eventos adversos graves emergentes do tratamento (TEAEs) e TEAEs que levaram à descontinuação do medicamento permaneceram estáveis, sem relatos de mortes.
Os autores realçam que a eficácia foi mantida com a administração de risanquizumabe a cada 12 semanas, enquanto os inibidores semelhantes da IL-23 são administrados a cada oito semanas.
A artrite psoriática é uma doença articular inflamatória crónica que afeta pessoas com história pessoal ou familiar de psoríase. Atinge as articulações e pode provocar dor, limitação e incapacidade funcional em graus variáveis. Evolui por surtos (crises com sintomas) intercalados por períodos de remissão (períodos sem sintomas), de forma imprevisível.
