Algas na alimentação: como incluir este superalimento
As algas, usadas há milhares de anos pelos povos asiáticos na alimentação, só recentemente despertaram a atenção dos países ocidentais. A inovação alimentar tem vindo a desenvolver, cada vez mais, opções para as incluir na alimentação diária da população, principalmente nas populações que não têm hábitos de consumo deste alimento. Alguns exemplos da aplicação de algas em produtos alimentares são: pão, bolachas/tostas, massa, azeite, gelo e sal.
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Estas ervas marinhas têm, hoje em dia, as mais variadas aplicações na indústria alimentar, farmacêutica, cosmética e até como fertilizantes agrícolas.
Os milhares de algas existentes podem, de uma forma geral, classificar-se consoante a sua cor: as Clorofíceas (verdes), as Feofíceas (castanhas), as Rodofíceas (vermelhas), e as Cianofíceas (Azuis). Apresentam formas e dimensões variadas podendo ser microalgas ou atingir vários metros e, ainda que sejam conhecidas como vegetais do mar, também habitam rios e lagos.
Consideradas um alimento completo, as algas apresentam um elevado teor proteico e são ricas em aminoácidos essenciais e muito bem digeridas, devido à presença de sais minerais e algumas enzimas. Apresentam ainda um nível baixo de hidratos de carbono e de açúcares.
São ricas em vitaminas (C, E, A, grupo B e betacaroteno), minerais e oligoelementos (iodo, zinco, ferro, sódio, magnésio, silício, cobalto, crómio e manganês). Possuem ainda um elevado teor de cálcio – uma alga tem maior quantidade de cálcio do que o leite. A luz filtrada pela água permite-lhes ainda fornecer clorofila.
Incluir as algas na alimentação é fácil, muitas são vendidas prontas para consumir, e outras precisam apenas de cozimento rápido (na maioria ao vapor). Se deseja adicionar proteína marinha ao seu cardápio, as mais conhecidas e consumidas são:
Spirulina: de cor azul esverdeada, contém mais de 50 nutrientes e possui um interessante teor de proteínas. Representa um bom complemento na alimentação para vegetarianos e desportistas. Pode ser encontrada em cápsulas, para facilitar o seu consumo, ou em pó, para misturar em sumos verdes ou vitaminas. É fácil incluir em receitas por causa do sabor, que desaparece quando misturada.
Chlorella: é útil sobretudo quando há necessidade de enriquecimento nutricional. Possui alto teor de proteínas, aminoácidos, vitaminas, minerais, fibras e clorofila. Auxilia no processo de eliminação de toxinas, isto é, ajuda a promover um poderoso efeito desintoxicante, inclusive de metais pesados. Auxilia também na regulação do hábito intestinal.
Nori: é a alga do sushi. Encontrada em lâminas retangulares no mercado, esta alga possui uma boa quantidade de proteína e vitaminas do complexo B, além de ácidos gordos, como o eicosapentaenoico (EPA).
Ágar-ágar: é a gelatina vegetal. Na verdade, trata-se de um composto de algas e não uma alga específica. Não tem sabor, cor ou cheiro, pelo que se adapta bem em diversas receitas. É muito utilizada nos programas de emagrecimento pois, quando consumida, absorve muita água e pode aumentar de tamanho. Com a alteração da sua forma, aumenta a sensação de saciedade.
Kombu: é uma alga parda rica em fósforo, um nutriente essencial nos processos de contração muscular e geração de energia no corpo. É muito utilizada em sopas, refogados, saladas ou cozido com legumes. Ajuda ainda a digerir as leguminosas – adicione uma folha quando estão de molho ou durante a cozedura.
Aqueles que têm dificuldades em incluir alimentos diferentes na alimentação, não se preocupem, as algas podem ser encontradas em pó ou em cápsulas.