DIAGNÓSTICO

Novo biomarcador acelera a identificação de doenças pulmonares

Um novo método de diagnóstico pode ajudar a identificar um dos tipos mais mortais de doença pulmonar intersticial (DPI) mais cedo, permitindo um tratamento mais rápido e melhores resultados para os pacientes.

Novo biomarcador acelera a identificação de doenças pulmonares

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A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é um dos tipos mais graves e comuns de DPI. Trata-se de uma condição que pode levar à morte, na qual os tecidos se tornam espessos, rígidos, com cicatrizes que limitam a capacidade respiratória dos pulmões. Os pulmões perdem a capacidade de absorver e transferir oxigénio para a corrente sanguínea. Ocorre mais frequentemente em pacientes com 60 anos ou mais, com tempo médio de sobrevivência de três a cinco anos. Globalmente, é a razão número um para o transplante de pulmão.

Uma investigação realizada por cientistas do Centro de Ciências da Saúde de Londres (LHSC) permitiu descobrir que o teste de uma proteína denominada proteína inibidora de quinase dependente de ciclina (p16) em tecido de biópsia pode ajudar a identificar com mais precisão a FPI.
Segundo o Dr. Marco Mura, um dos autores do estudo – a que pode aceder na revista Respiratory Research –, o teste pode permitir saber anos antes se um transplante de pulmão pode vir a ser necessário.

Os especialistas desenvolveram um método bastante barato para aumentar a precisão diagnóstica da biópsia e ajudar a evitar casos não classificáveis. O método tem valor prognóstico, por isso ajuda a prever a sobrevivência desses pacientes no momento da biópsia.

Pacientes com elevada expressão de p16 apresentaram resultados piores do que outros com DPI, indicando que é essencial que esses pacientes iniciem o tratamento necessário sem demora. A proteína já é amplamente utilizada no diagnóstico de cancro dos ovários. Agora, estudos adicionais em realização ajudarão a reforçar o valor do teste para o diagnóstico de FPI.

O Dr. Mura salienta que não existem testes que se possam aplicar à biópsia (pulmão) além da análise do patologista que afirma “Esta biópsia revela este padrão”. Não houve testes adicionais de biomarcadores para reforçar, validar ou apoiar o diagnóstico, portanto, esta será a primeira vez que se implementam estes biomarcadores de teste na prática clínica.

Com este tipo de teste, que analisa a quantidade do biomarcador, há também a possibilidade de aplicação de inteligência artificial para avançar no diagnóstico, no futuro.

Fonte: Tupam Editores

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