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Aparelho auditivo pode reduzir risco de desenvolver demência

Sabe-se que a perda auditiva aumenta o risco de uma pessoa desenvolver demência, mas uma nova investigação realizada por cientistas das universidades de Oxford e Ulster, no Reino Unido, demonstrou que o uso de aparelhos auditivos pode reduzir para metade o risco de desenvolver sinais precoces da doença, que afeta um terço dos indivíduos acima dos 65 anos.

Aparelho auditivo pode reduzir risco de desenvolver demência

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DEMÊNCIA


Cerca de uma em cada cinco pessoas experienciam um comprometimento cognitivo leve ou perda de capacidade cerebral, o que muitas vezes é um precursor de demência total.

Demência é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento da pessoa. É um termo abrangente que descreve a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e alterações das reações emocionais normais. A demência pode surgir em qualquer pessoa, mas é mais frequente a partir dos 65 anos.

O estudo – cofinanciado pela Dementias Platform UK e publicado na revista cientifica Alzheimer And Dementia: Translational Research and Clinical Interventions –, analisou dados de quase 4.500 adultos com uma idade média de 68 anos.
Os especialistas chegaram à conclusão que os indivíduos que usavam aparelho auditivo não foram afetados pela doença e apresentavam um risco de demência semelhante ao de adultos saudáveis.

Segundo Magda Bucholc, professora na Universidade de Ulster, as pessoas que usavam aparelho auditivo tinham um risco de comprometimento cognitivo leve, 50% menor em comparação com aqueles que não os usavam.

A perda de audição tem sido várias vezes associada ao deterioramento cerebral. Estima-se que a perda auditiva não tratada seja responsável por cerca de um em 11 casos de demência.

Os resultados do estudo sugerem que o uso de aparelhos auditivos pode ajudar a diminuir o declínio cognitivo associado à perda auditiva. Desta forma, uma triagem audiológica mais eficiente e mais acesso a uma saúde auditiva de qualidade seriam uma estratégia eficaz para ajudar a mitigar a epidemia de demência.

Fonte: Tupam Editores

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