SPO recomenda a não utilização de biosimilares não testados
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) recomenda, num comunicado, a não utilização de biosimilares não testados na prática clínica em oftalmologia.
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A visão é um dos mais importantes sentidos. Sem ela sentimo-nos perdidos num mundo de escuridão. Por todo o mundo, cientistas lutam para encontrar novos tratamentos e erradicar as doenças oculares. LER MAIS
“A introdução na prática clínica dos medicamentos com ação anti-VEGF foi uma das maiores revoluções na Oftalmologia a nível mundial. São medicamentos que são injetados no vítreo e permitiram diminuir significativamente a taxa de cegueira e de perda grave de visão a nível mundial na última década”, destaca a sociedade médica.
Estes fármacos “são aplicados no tratamento de varias doenças, nomeadamente na retinopatia diabética, na degenerescência macular da idade, nas oclusões venosas, ou na neovascularização associada à miopia”, explica.
De acordo com a SPO, “em Portugal estão a ser utilizados o Ranibizumab, o Aflibercept, o Brolucizumab, e o Bevacizumab (off-label). Todos estes medicamentos foram testados em ensaios clínicos multicêntricos internacionais e mostraram segurança e eficácia”.
Nesse contexto, a SPO afirma que, “tendo tomado conhecimento que está a ser ponderada a utilização de biosimilares do Bevacizumab sem que tenham sido testados previamente para avaliação da sua eficácia e segurança para tratamento intraocular, a SPO manifesta a sua grande preocupação com a segurança dos doentes e recomenda a não utilização de biosimilares não testados na prática clínica em Oftalmologia.