A pílula contracetiva pode diminuir o risco de diabetes tipo 2 em mais de um quarto das mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP). A conclusão é de um estudo publicado na revista Diabetes Care de cientistas da Universidade de Birmingham, no Reino Unido.
A diabetes é uma das causas mais importantes de morbilidade e mortalidade em todo o mundo, ameaçando, no mínimo, 16 milhões de norte-americanos, 10 milhões de europeus e 500 mil portugueses.
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Os investigadores conseguiram identificar o risco do desenvolvimento de diabetes tipo 2 e pré-diabetes em mulheres com SOP, e o impacto do uso de contracetivos orais combinados, sobre o risco destas doenças nesta população. Foram avaliados dados de 64 051 mulheres com SOP e de 123 545 mulheres saudáveis, tendo sido verificado que as mulheres com SOP tinham um risco duas vezes superior de desenvolverem diabetes tipo 2 ou pré-diabetes.
Observou-se ainda que a utilização de contracetivos orais combinados diminuiu em 26 por cento as probabilidades das mulheres com SOP desenvolverem diabetes tipo 2 e pré-diabetes.
A pílula contém estrogénios que aumentam uma proteína no sangue denominada globina de ligação de hormonas sexuais (SHBG), que liga e inativa andrógenos, explicou Michael O'Reilly, líder da investigação.
Assim, se a pílula for tomada, a SHBG aumenta, o que diminui a quantidade de andrógenos não ligados, ativos, reduzindo o seu impacto no risco de insulina e diabetes, acrescentou.
Este estudo revela a necessidade urgente de encontrar tratamentos para diminuir este risco nas mulheres com SOP, alertaram os autores.
