Reunião do GESCAT debate Impacto da trombose associado ao cancro
O Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) vai organizar uma reunião sob o tema [url-nolink=2021/11/06/impacto-da-trombose-associado-ao-cancro-13113]“Impacto da Trombose Associado ao Cancro”[/url], destinada a doentes, familiares, cuidadores e público em geral, que vai acontecer no dia 6 de novembro, das 14h30 às 17h00, no Hotel Olissippo Oriente, em Lisboa.
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Por se tratar de uma patologia com grande impacto na vida dos doentes, o GESCAT considera essencial aumentar a consciencialização da problemática ao nível dos doentes, profissionais de saúde e entidades reguladoras. Assim, o objetivo principal da reunião é esclarecer sobre os sinais e sintomas do tromboembolismo venoso (TEV), debater a importância da sua prevenção, o impacto na qualidade de vida do doente e a importância do correto acesso às terapêuticas anticoagulantes, como fator crítico de sucesso na gestão da trombose e cancro.
A trombose é a segunda causa de morte em doentes com cancro, estimando-se que o risco de sofrer um evento tromboembólico é 3-5 vezes maior nos doentes com cancro, submetidos a cirurgia, e até seis vezes maior nos doentes sob quimioterapia. Apesar dos mais recentes avanços na área do diagnóstico, a trombose continua a ser uma das principais causas de morte em doentes com cancro, apenas ultrapassada pela evolução do próprio tumor.
Segundo Sérgio Barroso, médico oncologista e presidente do GESCAT, a doença oncológica constitui um fator de risco independente e relevante para o TEV, principalmente porque altera o normal equilíbrio do sistema de coagulação do organismo, desviando-o no sentido “pró-coagulante”.
Os doentes oncológicos têm, frequentemente, uma variedade de fatores de risco para sofrerem um evento tromboembólico, que podem estar relacionados com o próprio doente (a idade, trombofilia ou obesidade); com o tumor (estadio, histologia, local primário ou existência de metástases), e/ou com o tratamento.
Nestes doentes, o TEV tem consequências graves porque pode levar à hospitalização, atrasar os tratamentos oncológicos e diminuir a sobrevivência.
O TEV é uma complicação clínica relevante que pode apresentar-se como trombose venosa profunda (TVP) ou embolismo pulmonar (EP). Pode ocorrer de uma forma assintomática e manifestar-se unicamente quando o doente sofre um episódio fatal. Normalmente tudo começa com uma TVP, ou seja, uma perna que subitamente aparece inchada, com dor e com dificuldade a andar. A dor pode existir apenas de pé ou ao caminhar, a perna pode endurecer e apresentar uma temperatura fora do normal (estar mais quente). Podem ainda ocorrer mudanças de cor da pele na perna afetada.