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Só 40% dos gatos fazem consultas periódicas no médico veterinário

No Dia Internacional do Gato, 8 de agosto, especialistas destacam a importância de visitar o médico veterinário com frequência para prevenir e detetar precocemente problemas de saúde em felinos.

Só 40% dos gatos fazem consultas periódicas no médico veterinário

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Há cada vez mais amantes de gatos em Portugal, de tal forma que quase sete em dez tutores de gatos os consideram um elemento fundamental da sua família. No entanto, ainda existem algumas barreiras para cuidar destes felinos: apenas 40 por cento dos gatos fazem um acompanhamento regular com o seu médico veterinário, em comparação com 60 por cento dos cães.

No âmbito do Dia Internacional do Gato, reforça-se a importância de levar os animais de estimação com regularidade ao médico veterinário, contribuindo assim para a prevenção e deteção precoce de qualquer problema de saúde do animal de estimação.

O aconselhamento do médico veterinário é fundamental nos momentos-chave da vida dos animais de estimação, desde pequenos até à sua idade avançada. Este é um aspeto bastante relevante no caso dos gatos, uma vez que estes animais são considerados os “mestres do disfarce”, não mostrando sinais clínicos de uma possível doença até a patologia estar já muito avançada.

Um inquérito mostrou que 51 por cento dos inquiridos respondeu que consulta o médico veterinário, em detrimento de outras fontes como a internet, os amigos ou familiares na hora de esclarecer dúvidas sobre a educação, saúde e alimentação do animal.

“Os check-ups regulares são a única forma de garantir a saúde e o bem-estar dos nossos gatos. Por meio da prevenção e deteção precoce, conseguimos diminuir o impacto de uma possível doença”, afirma Thierry Correia, médico veterinário. Contudo, dados mostram que 50 por cento dos tutores não levam seus gatos ao médico veterinário.

Esta mensagem ganha uma maior importância tendo em consideração que 74 por cento dos tutores portugueses de gatos consideram não precisar de nenhum tipo de preparação antes de acolher um gato em casa, de acordo com o estudo “Os Primeiros Momentos com um animal de estimação”, realizado em abril deste ano em Portugal e cujos dados foram conhecidos em julho.

Apesar de a maioria dos tutores de gatos (55 por cento) considerarem não ter cometido nenhum erro quando o gato chegou a sua casa, 13 por cento dos inquiridos admitiram ter falhado no que toca à educação, dez por cento pensam ter cometido algum erro em relação à saúde do animal.

Neste sentido, a recomendação dos especialistas é clara: deve ser feito uma consulta de rotina pelo menos uma vez por ano, passando a duas vezes ao ano quando o felino atinge a meia-idade.

É crucial que o profissional de saúde oriente o tutor em tudo o que se refere à alimentação, cuidado ou educação do animal de estimação, além da importância de ter acompanhamento ao longo da sua vida.

Apesar de 55 por cento dos tutores de gatos considerarem o médico veterinário um aliado fundamental para garantir o bem-estar do seu animal, 66 por cento dos tutores de gatos afirmam que iriam ao médico veterinário com mais frequência se este processo fosse mais fácil.
Sendo que o principal motivo pelo qual decidem não levar o seu gato ao médico veterinário é por acreditarem que o problema do gato vai acabar por se resolver (38 por cento). Além disso, 22 por cento indicou também que a visita ao médico veterinário transtorna bastante o seu animal de estimação.

É neste contexto, que especialistas reuniram um conjunto de conselhos chave para facilitar esta tarefa de levar o gato ao médico veterinário: iniciar as visitas periódicas desde pequeno: além de ser essencial para assegurar o seu bom desenvolvimento e garantir as necessidades nos primeiros meses de vida, ajudará o gato a habituar-se, a eliminar o desconforto e ansiedade e a normalizar as idas ao médico veterinário;

Selecionar o formato ideal para o transporte: por razões de segurança, o gato deve viajar numa transportadora especialmente concebida para felinos. É importante optar por uma boa transportadora, com uma estrutura sólida, que seja segura e estável. Simultaneamente, é melhor se tiver várias portas, na zona superior e nas zonas laterais, ou que possa abrir-se pelo centro;

Habituar o animal à transportadora: deve ajudar-se o gato desde pequeno a sentir-se confortável na transportadora. O ideal é que seja um objeto familiar para o gatinho. É aconselhado deixar a mesma aberta numa divisão da casa para onde o gato goste de ir e brinque nela. Além disso, também ajuda colocar no seu interior uma manta ou um brinquedo que lhe seja familiar ou utilizar feromonas (disponível em clínicas veterinárias) que podem ser pulverizadas sobre o cobertor pelo menos 30 minutos antes da saída de casa;

Compreender o comportamento do felino: a consulta não é um ambiente familiar para os gatos. Existem muitos impactos na forma de perceção visual, odores e sons que contribuirão para o seu estado de alerta e ansiedade. Para evitar tal, é recomendável cobrir a transportadora com uma manta ou algo similar, bloqueando a entrada de estímulos;

Escolha uma clínica o mais adaptada possível: Há algum tempo que os médicos veterinários que estão particularmente conscientes das necessidades especiais dos gatos adotaram uma abordagem “amiga do gato”. Por esse motivo, contam por exemplo com zonas específicas para gatos, de forma a evitar o contacto direto com cães ou outros animais, ou com espaços com menor ruído e luminosidade;

Estar atento aos detalhes na sala de espera: colocar a transportadora numa zona alta (e não no chão), evitar fazer movimentos repentinos e transportar o gato com cuidado quando for colocar na marquesa, falar com tranquilidade e em voz baixa, evitar o contacto com outros animais de forma direta são alguns aspetos úteis a ter em consideração enquanto se aguarda pela respetiva consulta;

Tranquilidade no regresso a casa: os gatos ficam encantados por estar de volta ao ambiente familiar. Ajuda a que este processo seja tranquilo, abrindo-lhe a transportadora com calma e permitindo-lhe inspecionar as diferentes partes da casa. Muitas vezes, inspecionam os lugares favoritos e depositam o seu odor esfregando a testa ou afiando as garras.

Fonte: Royal Canin

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