Os ácidos gordos, juntamente com a [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/glucose-dextrose/informacao-geral]glucose[/url] e os [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/aminoacidos/informacao-geral]aminoácidos[/url], são uma importante fonte de energia para o crescimento e proliferação celular, sendo que o metabolismo anormal dos ácidos gordos é frequentemente observado no cancro. 
 
Durante o estudo, foram desenvolvidas sondas químicas e abordagens analíticas para quantificar a absorção de glucose celular, produção de lactato, absorção de aminoácidos e outros metabolitos relacionados com o cancro.
 
Os autores do estudo escolheram uma molécula de substituição que era estruturalmente semelhante aos ácidos gordos naturais, de forma a traçarem o perfil da absorção dos mesmos. Esta semelhança enganou as células, levando-as a absorverem estes substitutos como os nativos. 
 
Foi então usado um dendrímero único, um polímero semelhante a uma árvore, para ser possível quantificar esses substitutos a partir de células únicas.
 
Esta nova ferramenta monocelular foi aplicada a um modelo de cancro do cérebro, tendo sido notado que a absorção de ácidos gordos era regulada de forma diferenciada por dois efetores dirigidos ao alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR), um regulador da proliferação celular e da síntese proteica. 
 
Foi observada uma ativação compensatória do metabolismo dos ácidos gordos sobre a inibição oncogénica ou atenuação do metabolismo da glicose nestas células cancerosas do cérebro e descobriu-se uma nova terapia combinada que visa esta flexibilidade bioenergética para bloquear sinergicamente o crescimento tumoral.  
 
Estas descobertas podem ajudar a criar mais formas de estudar como o metabolismo do ácido gordo afeta o corpo, assim como ajudar a desenvolver mais sondas para análises de célula única, afirmou Min Xue, líder da investigação.