CANCRO

Seios densos significam maior risco de cancro da mama?

Ter seis densos é uma característica normal e frequente que pode levar a alguns problemas no diagnóstico de anomalias mamárias, o que requer um maior controle. Este tipo de mama caracteriza-se por uma maior proporção de tecido glandular e fibroso em comparação com tecido adiposo.

Seios densos significam maior risco de cancro da mama?

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Os seios densos geram alguma preocupação entre as mulheres porque, tradicionalmente, têm sido associados a um maior risco de cancro da mama, no entanto, de acordo com a Dra. Maria Dolores Ojeda, especialista em ginecologia e obstetrícia, ter seios densos é simplesmente uma característica fisiológica natural em muitas mulheres e não é necessariamente motivo de alarme, desde que sejam realizados exames médicos adequados.

O que acontece é que neste tipo de mama é mais difícil detetar anomalias nas mamografias. Os seios densos aparecem mais “compactos” nas mamografias, o que prejudica a visualização dos problemas.
É do conhecimento geral que a deteção precoce do cancro da mama, nos seus estágios iniciais, melhora muito o prognóstico, e a mamografia é o exame de rastreio utilizado para o diagnosticar. Em casos de mama densa o problema de deteção resolve-se com a realização de uma ecografia mamária complementar que ajuda a detetar sinais atípicos.

Como as mamografias apresentam pior visualização dos tecidos, as mamas densas requerem maior monitorização do que as mamas não densas. Segundo a especialista, o maior risco de cancro que os estudos apontam em relação às mamas densas provavelmente fica a dever-se, em grande parte, à não realização de todos os exames que deveriam ser feitos para o detetar.

Importa referir que, além do cancro, as mamas densas também podem estar associadas a um risco aumentado de desenvolvimento de outras condições benignas, como quistos mamários. Geralmente, estes quistos são benignos e não representam um risco direto à saúde ou progresso para o cancro da mama.

A abordagem médica dos quistos mamários geralmente é conservadora. O acompanhamento regular é feito através de exames clínicos e de imagem e, na maioria dos casos, não é necessário tratamento específico. Só quando são quistos grandes que causam desconforto ou dor é que se considera uma intervenção mais ativa.

Devido à maior dificuldade para detetar anomalias, as mulheres com mamas densas devem fazer check-ups regulares a partir dos 40 anos: aquelas sem fatores de risco adicionais devem fazer uma mamografia e uma ecografia mamária complementar anualmente. No caso de haver histórico familiar de cancro da mama, esses exames devem começar 10 anos antes da idade do diagnóstico do membro da família afetado.

Fonte: Tupam Editores

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