Adoçantes artificiais podem distribuir fármacos a órgãos com lesões
Cientistas da Universidade da Geórgia, nos Estados, descobriram que um pró-fármaco oral consegue fornecer monóxido de carbono para proteger os rins de lesões agudas. O estudo foi publicado na revista Chemical Science.
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Com o aparecimento de novas doenças, e a permanência das antigas, a pesquisa de novos fármacos é constante. Porém, o caminho entre uma nova molécula e um fármaco eficaz é longo e difícil. LER MAIS
Embora o gás monóxido de carbono (CO) seja tóxico em grandes doses, este pode ter efeitos benéficos ao reduzir a inflamação e proteger as células contra lesões.
Estudos anteriores mostraram os efeitos protetores do CO contra lesões nos rins, pulmões, trato gastrointestinal e fígado, entre outros órgãos. Assim, os autores do estudo tiveram como objetivo conceber uma forma segura de fornecer CO a doentes através de fármacos.
Durante o estudo, foram desenvolvidos fármacos que permitiram a administração oral de CO usando dois edulcorantes artificiais comuns, a sacarina e o acessulfame, como moléculas portadoras.
Os investigadores criaram as moléculas para libertar o CO no processo de decomposição, que é desencadeado pela exposição à água.
Os investigadores testaram então o CO-306, administrando o fármaco que utiliza a sacarina como molécula transportadora, a ratos. Estes verificaram que o fármaco que reduzia os biomarcadores associados às lesões renais, indicando que poderia ser desenvolvido para ser uma terapia viável.
Os dados apurados mostraram que o modelo do rato imitou os mecanismos de lesão do tecido renal que ocorrem em doentes com lesões musculares intensas, anemia falciforme, um tipo comum de malária, cirurgia de bypass cardiopulmonar e sépsis grave.
O próximo passo é realizar estudos mais extensivos em modelos animais e avaliações de segurança do CO-306 antes de avançarem para estudos clínicos humanos, e testar a eficácia do CO-306 contra outros tipos de lesões nos órgãos.