Novas moléculas que podem inibir doença de Parkinson e Alzheimer
Cientistas da Universidade de Umea, na Suécia, descobriram, num estudo publicado na revista ACS Applied Materials and Interfaces, que moléculas nano de um elemento químico específico podem inibir a formação de placa nos tecidos do cérebro.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
PARKINSON, O DESCONTROLE MOTOR
As causas da doença são ainda desconhecidas, mas os actuais estudos centram-se na genética, nas toxinas ambientais e endógenas e ainda nas infecções virais. LER MAIS
Quando as proteínas se desdobram, formam fibrilhas insolúveis chamadas amiloides, que estão envolvidas na causa de várias doenças graves tais como Alzheimer e Parkinson. Os agregados amiloides matam as células neuronais e formam placas amiloides nos tecidos do cérebro.
Durante o estudo, foram utilizados métodos de microscopia de força atómica e técnicas de fluorescência e foi revelado que uma molécula nano pode impedir a formação amiloide da proteína pró-inflamatória S100A9, sendo que esta molécula é capaz até de dissolver amiloides já pré-formados.
As moléculas encontradas são polioxoniobatos nano, que são os chamados iões polioxometalatos com uma carga negativa que contêm o elemento químico nióbio.
Os cientistas trabalharam com duas moléculas diferentes de polioxoniobato, Nb10 e TiNb9 e verificaram que ambas inibem os amiloides SI00A9 ao formarem interações iónicas com as manchas de carga positiva na superfície da proteína, que são críticas para a automontagem dos amiloides.
Os dados apurados revelaram que as moléculas de polioxoniobato analisadas são relativamente estáveis quimicamente e solúveis em água. Estas moleculas mostraram o seu potencial para serem utilizadas em implantes, graças à sua elevada biocompatibilidade e estabilidade.
Estes resultados podem ajudar a desenvolver novos tratamentos para a doença de Parkinson e para a doença de Alzheimer, disseram os autores do estudo.