As taxas de asma, deficiência sensorial e neoplasias, ou crescimentos semelhantes ao cancro, foram semelhantes entre crianças nascidas de mulheres que receberam a vacina contra a gripe durante a gravidez e aquelas cujas mães não foram vacinadas.

Embora a vacinação contra a gripe seja recomendada para mulheres grávidas, muitas optam por não tomar a vacina porque temem potenciais efeitos colaterais para si mesmas e complicações de saúde para os seus bebés. Isso ocorre mesmo com vários estudos que comprovam a segurança e eficácia da vacina.

Para este estudo, os cientistas analisaram dados de saúde de mais de 28 000 crianças nascidas na província canadiana de Nova Scotia entre outubro de 2010 e março de 2014.

Pouco mais de 90 por cento das crianças incluídas no estudo nasceram a termo, e mais de 10 000, ou 36 por cento, nasceram de mães que receberam a vacina contra a gripe durante a gravidez.

Entre os mais de 10 000 filhos de mães vacinadas durante a gravidez, quase 7 000 sofreram de infeções, 113 foram diagnosticados com asma, 30 tiveram deficiência sensorial e 12 desenvolveram neoplasias desde a infância até os quatro anos de idade.

Das mais de 18 000 crianças nascidas de mães não vacinadas, quase 12 000 sofreram de infeções, 162 foram diagnosticados com asma, 63 sofreram deficiência sensorial e 17 desenvolveram neoplasias durante o início da vida.

Segundo os cientistas, as taxas semelhantes dessas complicações entre bebés nascidos de mães vacinadas e não vacinadas sugerem que a vacinação anual é segura para mães e para os seus filhos.

A vacinação de grávidas contra a gripe tem mostrado que estas ficam protegidas contra a infeção, e evita que os bebés contraiam o vírus nos primeiros meses de vida.