CHMT implanta micro-dispositivos para monitorização cardíaca
O Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) implanta pela primeira vez micro-dispositivos para monitorização cardíaca e inicia consulta de Insuficiência Cardíaca Avançada.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
ARRITMIA CARDÍACA
As arritmias são alterações no ritmo ou na frequência cardíaca, podendo esta acelerar-se, ser mais lenta ou tornar-se irregular. LER MAIS
Foram já implantados quatro micro-dispositivos para monitorização cardíaca pelo Serviço de Cardiologia do CHMT. Uma técnica diferenciada e inovadora, que está a ser realizada por profissionais do Departamento de Arritmologia daquele serviço.
De acordo com o CHMT, o implante destes micro-dispositivos para monitorização cardíaca é ideal para doentes com problemas cardíacos que originam síncopes e que por isso precisam de monitorização de longo prazo e contínua por parte do médico assistente.
David Durão, diretor do Serviço de Cardiologia, refere que “a implantação destes ‘devices’ realizada por profissionais do serviço é uma mais valia, que representa um acréscimo de diferenciação do próprio Serviço de Cardiologia, mas é, sobretudo, uma mais valia para os doentes cardíacos, que desta forma, ao estarem monitorizados e acompanhados evitam deslocações às urgências hospitalares”.
Estes dispositivos são implantados debaixo da pele através de uma pequena incisão de menos de um cm no lado superior esquerdo do tórax e, quando implantados, são frequentemente quase impercetíveis a olho nu.
Este aparelho permite uma vigilância diária do ritmo cardíaco até um período de três anos (detetor de eventos sub-cutâneo). Estes dispositivos comunicam com um aparelho (via wireless) que é ligado à corrente elétrica de casa e que transmite informação diretamente ao médico ou para a equipa do hospital (monitorização remota), sempre que se verifica uma ocorrência importante.
Estes aparelhos são, também, um auxiliar diagnóstico de grande valia no esclarecimento da causa da síncope, nomeadamente quando surge com grandes intervalos de tempo entre os episódios, mas que pode estar associada a potencial risco de vida.
O primeiro micro-dispositivo foi colocada no Centro Hospitalar do Médio Tejo a 22 de março e, desde então, já foram implantados com sucesso quatro dispositivos, estando já marcada mais uma intervenção para o dia 24 de junho.