ENXAQUECA

Descoberto novo possível tratamento para enxaqueca crónica

Cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, descobriram um novo mecanismo celular que poderá ser utilizado para tratar as enxaquecas crónicas, destaca um artigo publicado na revista eLife.

Descoberto novo possível tratamento para enxaqueca crónica

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A plasticidade neuronal, um processo de encaminhamento de ligações entre células nervosas, é relevante tanto para as causas como para a cura de perturbações do sistema nervoso central, tais como depressão, dor crónica e dependência.
 
A estrutura das células é mantida pelo seu citoesqueleto, que é composto pela proteína tubulina, que está num estado constante de fluxo, alterando o tamanho e a forma da célula. Esta propriedade dinâmica da célula permite que o sistema nervoso mude em resposta em função do seu ambiente.
 
Este estudo revelou que a tubulina é modificada no corpo através de um processo químico chamado acetilação que provoca a flexibilidade e estabilidade do citoesqueleto. Contudo, este verificou que a deacetilação da tubulina, induzida pela deacetilase 6 (HDAC6), promove a instabilidade do citoesqueleto.
 
Em modelos de ratos, observou-se que a diminuição da complexidade neuronal pode ser uma característica da enxaqueca crónica, e que quando a HDAC6 é inibida, a acetilação da tubulina e a flexibilidade citoesquelética são restauradas. Verificou-se ainda que a HDAC6 pode também diminuir o grau de enxaqueca e aliviar a dor associada à mesma.
 
Amynah Pradhan, líder do estudo, afirmou que estes resultados revelaram um mecanismo capaz de eliminar as enxaquecas crónicas e que o bloqueio do HDAC6 permitiria aos neurónios restaurar a sua flexibilidade para que o cérebro estivesse mais recetivo a outros tipos de tratamento.


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