Usando uma nova modelagem com base em dados de testes reais de colisão e comportamentos dinâmicos fundamentais de uma mulher grávida, Mohammadi e os seus colaboradores descobriram que passar muito rápido em lombas na estrada durante a condução é motivo de preocupação para as mulheres grávidas.

Os ocupantes de um veículo, especialmente as mulheres grávidas, são submetidos a forças relativamente grandes repentinamente e por um curto período, quando o veículo acelera ao passar em cima de uma lomba.

Segundo os cientistas, uma aceleração repentina pode levar a pequenos ferimentos no cérebro fetal, causar uma frequência cardíaca fetal anormal, dor abdominal, contração uterina, aumento da atividade uterina e outras complicações. Os efeitos foram avaliados tendo como base uma mulher no terceiro trimestre de gravidez.

A investigação incluiu uma série de fatores, como a velocidade do carro ao passar pela lomba, o tamanho da lomba e o facto de que todo esse movimento exerce pressão no líquido amniótico que protege o feto.

“Tivemos todos esses fatores em consideração para garantir um modelo diferencial abrangente que espelha as respostas e interações do mundo real da mulher e do feto”, disse o investigador.

É por isso fundamental que, ao passar por lombas, as mulheres grávidas reduzam de forma significativa a velocidade da viatura, disseram os autores do estudo.

Para reduzir o risco para o feto, os investigadores aconselham reduzir a velocidade do veículo para menos de 45 km/h antes de chegar a uma lombada e, de preferência, para menos de 25 km/h ao passar por esta.

“Obviamente, existem outras variáveis em jogo quando um condutor se aproxima de uma lomba, ou outra infraestrutura para reduzir a velocidade, mas esperamos que os nossos resultados forneçam alguma orientação baseada em evidências para manter os condutores e os seus ocupantes seguros”, disse Mohammadi.