Anel vaginal pode proteger contra VIH por até 3 meses
Um anel vaginal que liberta lentamente um medicamento antiviral pode proteger as mulheres contra o VIH por até três meses, sugere um teste preliminar que avaliou duas formulações do dispositivo que administra o antirretroviral dapivirina na vagina ao longo de 90 dias. Uma versão continha 100 miligramas de dapivirina e a outra continha 200mg.
A educação para a sexualidade continua a ser fundamental para a promoção da saúde e desenvolvimento pessoal e social na maioria dos países e permanece uma necessidade para os nossos jovens.
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O ensaio foi conduzido em dois locais nos Estados Unidos afiliados à Rede de Ensaios de Microbicidas financiados pelo National Institutes of Health norte-americano, e incluiu 49 mulheres VIH-negativas saudáveis.
As participantes foram divididas em três grupos: um usou o anel de 100mg dapivirina continuamente por 13 semanas; um segundo grupo usou o anel de 200mg continuamente por 13 semanas; e um terceiro grupo usou um anel durante 30 dias, substituindo-o a cada quatro semanas durante o período de estudo.
Todos os três anéis foram bem tolerados pelas participantes e não houve problemas de segurança. Em comparação com aquelas com o anel mensal, as que tinham os dois anéis de 90 dias registaram concentrações 1,3 a 1,9 vezes maiores de dapivirina no plasma sanguíneo e níveis 1,5 a 2,9 vezes maiores do fármaco no fluido vaginal, bem como concentrações mais altas no tecido cervical.
De acordo com os cientistas, os resultados sugerem que o anel de 90 dias pode fornecer proteção contra o VIH de longa duração e sustentada.
O anel de três meses baseia-se no desenvolvimento pela organização sem fins lucrativos International Partnership for Microbicides de um anel dapivirina mensal, que, em 2020, recebeu uma opinião positiva da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para seu uso entre mulheres com 18 anos ou mais de idade em países em desenvolvimento.
O anel mensal foi posteriormente adicionado à lista de medicamentos pré-qualificados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e, no início deste ano, a OMS recomendou o anel como mais uma opção de prevenção do VIH para mulheres com alto risco de infeção.
