Anticorpos COVID-19 da mãe podem ser transmitidos para o feto
Investigadores do Hospital Pediátrico da Filadelfia e do Hospital da Filadelfia, nos Estados Unidos, descobriram que a maioria dos bebés nascidos de mães com anticorpos COVID-19 mostraram evidências de células imunes contra o vírus no seu próprio sangue.
SOCIEDADE E SAÚDE
NOVO COVID-19, FAQ – PERGUNTAS MAIS FREQUENTES
COVID-19, PERGUNTAS MAIS FREQUENTES LER MAIS
Para este estudo, os cientistas testaram mais de 1 700 mulheres grávidas para anticorpos COVID-19. Dessas mulheres, 83 testaram positivo para o anticorpo imunoglobulina G, o que indica infeção anterior.
A imunoglobulina G é um anticorpo criado pelo sistema imunológico para combater infeções. Na maioria dos casos, a imunoglobulina G desenvolve-se sete a dez dias após o início dos sintomas de COVID-19 e permanece no sangue depois de a infeção ter sido eliminada.
Assim que essas mães deram à luz, os cientistas testaram amostras de sangue recolhidas do cordão umbilical para anticorpos COVID-19. Entre as mães com anticorpos, 72 (87 por cento) tiveram bebés com teste positivo para anticorpos, o que significa que as crianças podem ter alguma imunidade contra o novo coronavírus.
A presença do anticorpo sugere que as mães foram infetadas com COVID-19 no passado recente e desenvolveram anticorpos que as podem proteger - e talvez os bebés - de infeções futuras.
Embora as descobertas sugiram que as grávidas com infeção anterior por COVID-19 possam transmitir imunidade aos recém-nascidos, os cientistas afirmam que não está claro a proteção conferida pela vacinação contra o novo vírus também pode ser transferida para os bebés.