Tecnologia inovadora diagnostica anemia falciforme eficazmente
Um estudo publicado na revista Small destaca que cientistas da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova forma rápida de diagnosticar a anemia falciforme com sensibilidade e precisão.
A tecnologia em causa apresenta-se na forma de um dispositivo mais pequeno do que uma moeda e requer apenas uma pequena gota de sangue para avaliar interações proteicas, disfunções ou mutações.
A anemia falciforme afeta a hemoglobina, a molécula nos glóbulos vermelhos que fornece oxigénio às células em todo o corpo. Em algumas áreas do mundo onde a malária é endémica, evoluíram variantes da hemoglobina que podem fazer com que os glóbulos vermelhos assumam uma forma de foice.
Os investigadores explicaram que quando uma proteína se liga a outra, ou quando a proteína é mutada, a solubilidade muda, assim sendo, ao medir a solubilidade das proteínas a diferentes temperaturas, é possível saber se estas mutaram.
Durante o estudo, foi criado um ensaio de deslocamento térmico acústico (ATSA, na sigla em inglês) para avaliar a estabilidade proteica em condições variáveis, de forma rápida e com uma sensibilidade elevada.
O ATSA utiliza ondas sonoras de alta amplitude para aquecer uma amostra de proteína. A ferramenta mede então os dados continuamente, registando a quantidade da proteína que se dissolveu em cada fração de mudança em graus Celsius.
O ATSA pode distinguir a proteína da anemia falciforme da proteína normal com uma redução de custos em termos de mão-de-obra humana e equipamento.
Este método requer apenas uma fonte de energia, um microscópio e uma câmara de um smartphone. Como a proteína é concentrada, também não há necessidade de aplicar um corante florescente, como por vezes é necessário para realçar as mudanças de proteínas noutros métodos.