Um penso com membranas de celulose - essencialmente fibras de madeira – controlou de forma excecional infeções causadas por bactérias presentes em feridas acidentais ou crónicas, revela um estudo internacional.
O cancro da pele é o tipo de cancro mais frequente nos indivíduos de raça branca. Apesar do elevado número de casos, quando diagnosticado e tratado na sua fase inicial, apresenta elevadas taxas de cura.
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As fibras de celulose, com diâmetro inferior a um micrómetro (milésimo de milímetro), foram construídas para formar um delicado tecido tridimensional de múltiplas camadas. O tecido-membrana criado é particularmente flexível e, ao mesmo tempo estável, por ter sido adicionado ao material polímero de poliuretano durante o processo de fiação.
Para obter o efeito antibacteriano, os cientistas desenvolveram peptídeos multifuncionais, que podem ligar-se às fibras de celulose e que apresentam atividade antimicrobiana. Os peptídeos têm várias vantagens em comparação com proteínas maiores: são mais fáceis de produzir e mais estáveis do que as proteínas, reagindo com mais sensibilidade às condições químicas das feridas.
Testes realizados em cultura de células mostraram que as membranas contendo peptídeos são bem toleradas pelas células da pele humana. No entanto, as membranas de celulose foram uma sentença de morte para bactérias como os estafilococos, que costumam ser encontrados em feridas que não cicatrizam.
“Em culturas bacterianas, mais de 99,99 por cento dos germes foram eliminados pelas membranas contendo peptídeos”, afirmou a investigadora Katharina Maniura, dos Laboratórios Federais Suíços de Ciência e Tecnologia de Materiais (EMPA), na Suíça.
