COVID-19: doentes respiratórios são principal grupo de risco
A Associação RESPIRA e o MOVA – Movimento de Doentes pela Vacinação apontam que a comunicação dirigida pela Direção Geral da Saúde - DGS não tem referido, com o destaque necessário, os doentes respiratórios crónicos como o principal grupo de risco na contaminação pela COVID-19.
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Em causa está uma doença crónica, caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue e pela incapacidade do organismo em processar o açúcar proveniente dos alimentos. LER MAIS
Os estudos apontam que esta doença tem consequências mais fortes e graves em pessoas com doenças pré-existentes, nomeadamente respiratórias como a DPOC e a asma.
Em Portugal, existem atualmente mais de 1000 infetados e já se registou a morte de seis pessoas. A COVID-19 pode transmitir-se através de pequenas gotas expelidas pelo nariz ou pela boca por pessoas infetadas, quando estas espirram ou tossem, ou quando se toca em superfícies contaminadas.
“Os doentes respiratórios se não tiverem cuidados especiais, como por exemplo os doentes que utilizam oxigénio, nomeadamente nas suas necessárias deslocações aos estabelecimentos de saúde, ou por falta de recomendações ou por falta de conhecimento, podem colocar efetivamente a sua vida em risco.
De acordo com a RESPIRA, os números das doenças respiratórias já são alarmantes numa situação dita normal. “No mundo 384 milhões de pessoas sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, sendo que três milhões de mortes são causadas por esta doença”, acrescenta Isabel Saraiva, presidente da associação.
Assim, a RESPIRA apela a que as entidades responsáveis que tem o dever de informar, consciencializar e proteger as pessoas com doenças respiratórias crónicas da COVID-19 realçassem a importância deste tema para estes doentes.
“Não temos encontrado informação sobre medidas dirigidas exclusivamente a estes doentes. As recomendações divulgadas são comuns aos doentes crónicos, independentemente da natureza da sua doença”, explica Isabel Saraiva, presidente da RESPIRA e fundadora do MOVA.
O contágio e a mortalidade da COVID-19 são maiores do que na gripe comum e em casos mais severos pode dar origem a pneumonia e insuficiência respiratória, consequências possivelmente fatais para uma pessoa com doença respiratória crónica.
“O que é que um doente com doença respiratória crónica deve fazer para se proteger e/ou que medidas sociais tem a seu favor. São estas e outras questões que gostaríamos que as autoridades de saúde comunicassem aos doentes respiratórios crónicos”, conclui Isabel Saraiva.
A COVID-19 é mais severa entre doentes crónicos, nomeadamente com problemas cardiovasculares, respiratórios, diabetes e hipertensão.