Bebés não infetados de mães com VIH podem ter défice imunitário
Cientistas da Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos, descobriram uma ligação entre o sistema imunitário dos bebés VIH-negativos e as suas mães VIH-positivas.
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Os investigadores compararam o repertório de células beta dos recetores T do cordão umbilical de bebés não infetados, mas expostos ao VIH pela mãe, com o de bebés não infetados e cujas mães não têm VIH. Ambos os grupos viviam na mesma comunidade.
Apesar de as terapias antirretrovirais ajudarem a diminuir o risco de a mãe transmitir o vírus do VIH ao bebé, as crianças expostas ao vírus, mas não infetadas, são uma população vulnerável com uma maior taxa de infeções, hospitalizações e mortalidade, não se sabendo, até agora, porquê.
As análises revelaram dois grupos de bebés expostos não infetados: num estavam os bebés com níveis de imunidade semelhantes aos bebés de mães não infetadas; no outro os bebés tinham um repertório imunitário bastante reduzido.
Os baixos níveis do sistema imunitário destas crianças podem explicar a sua maior propensão para infeções e mortalidade, pelo que os investigadores alertam para uma maior monitorização destes casos.
Durante o estudo, os cientistas, em colaboração com a Universidade de Nairóbi, Quénia e a Universidade de Washington, usaram amostras de vários países e continentes e mostraram o impacto da exposição dos bebés ao VIH, mesmo que estes não sejam infetados.