Meditar em grupo reduz violência de forma significativa
Testes já realizados confirmaram que um esforço de meditação coletiva reduz a criminalidade num país. Esse efeito acaba de ser documentado no Camboja, logo após um período em que o país havia sido devastado pela guerra.
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A prática em grupo dos programas de meditação transcendental no país, entre 1993 e 2008, foi associada a um declínio de 96,2 por cento na violência sociopolítica, em comparação com a violência nos três anos anteriores, de acordo com um novo estudo revisado por pares publicado na revista científica Studies in Asian Social Science.
A probabilidade de que esta inversão da tendência ascendente da violência, registada no período prévio, ocorresse aleatoriamente, era de uma em dez milhões, sugerindo que a meditação pode realmente ter uma coerência, criando um efeito na sociedade que os cientistas costumam chamar de “Efeito de Campo da Consciência”.
“A influência positiva dos grupos de meditação foi reconhecida por autoridades do governo cambojano”, disse o professor Lee Fergusson, da Universidade Védica Maharishi, acrescentando que a própria Universidade “foi estabelecida por Maharishi no Camboja em 1 de janeiro de 1993 com o propósito declarado de levar paz e prosperidade ao Camboja”.
A redução da violência induzida pela meditação começou em janeiro de 1993, quando mais de 550 estudantes começaram a praticar a técnica da meditação transcendental juntos, duas vezes ao dia, num grupo da Universidade.
Além disso, entre 100 e 200 estudantes fizeram juntos um programa de meditação, conhecido como Sidhis, duas vezes por dia, como parte do seu currículo de educação baseado na consciência, a partir de 1994.
Em todos os três campi da Universidade, até 1 250 alunos contribuíram para aumentar a coerência na consciência coletiva através da sua prática diária de meditação transcendental em grupo durante 1993 a 2008.
Em 1990, o Camboja, devastado por décadas de guerra, era o país mais pobre do mundo. As taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país foram em média de 8,9 por cento e a pobreza foi reduzida em 63 por cento entre 1994 e 2008.
Em 2010, o Camboja ficou em 63.º lugar entre 152 países na escala internacional de pobreza, um salto sem precedentes de 89 posições em menos de uma geração.