Maioria dos portugueses com incontinência urinária não vai ao médico
Em Portugal, mais de 30 por cento das mulheres e cerca de 15 por cento dos homens com mais de 50 anos apresentam sintomas de incontinência urinária – ou seja, um em cada cinco portugueses nesta faixa etária sofre deste problema. No entanto, poucos procuram ajuda do médico. A grande maioria esconde o problema e isola-se, alerta a Associação Portuguesa de Urologia (APU).
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No sentido de promover a consciencialização e incentivar as pessoas a falar abertamente com o seu médico de família ou especialista sobre o problema, e também para assinalar o Dia Mundial da Incontinência Urinária (14 de março), a APU e a Associação Portuguesa de Neurourologia e Uroginecologia (APNUG) promovem a ‘Semana de Alerta para a Incontinência Urinária’, que decorre entre os dias 11 e 17 de março. O objetivo é impedir que as pessoas sofram em silêncio.
“A vergonha pode estar a impedir muitas pessoas de alcançar a cura, uma vez que certos tipos de incontinência urinária têm tratamentos com taxas de sucesso acima dos 90 por cento”, sublinha o médico urologista e presidente da APU Luís Abranches Monteiro.
“A incontinência urinária não é normal, mas é muito comum. Também não mata, mas afeta muito a qualidade de vida das pessoas que dela sofrem. E o mais importante é que hoje é um problema mais simples do que há 20 anos. Por isso, as pessoas precisam de perder o medo de falar sobre estas questões com o seu médico”, explica.
As pequenas perdas de urina podem ter um grande impacto psicológico, emocional, social e económico na vida das pessoas. O diagnóstico é feito de forma simples, através do diálogo entre paciente e médico e um exame físico.
Há vários tipos de incontinência urinária e cada caso tem as suas especificidades. Os tratamentos podem ser medicamentosos, de reabilitação ou cirúrgicos. Algumas cirurgias são tão simples que a vida normal pode ser retomada em poucos dias.