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Cancro do colo do útero pode ser eliminado

A vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) é “segura e indispensável para eliminar o cancro do colo do útero”, anunciaram as autoridades de saúde esta segunda-feira, 4 de fevereiro, no Dia Mundial de Luta Contra o Cancro.

Cancro do colo do útero pode ser eliminado

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“Os rumores infundados sobre as vacinas contra o HPV continuam a adiar ou a impedir de modo desnecessário o aumento da imunização, que é urgentemente necessário para a prevenção do cancro cervical”, disse Elisabete Weiderpass, diretora do Centro Internacional de Investigação sobre o Cancro (CIIC) da Organização Mundial de Saúde (OMS).

De acordo com os dados do CIIC, em 2018, foram diagnosticados quase 570 mil novos casos de cancro do colo do útero em todo o mundo.

Mais de 300 mil mulheres morrem anualmente vítimas da doença, principalmente em países de baixo e médio rendimento.

“Este é o quarto tipo de cancro mais comum entre as mulheres”, recordou o CIIC. A organização calcula que se a prevenção não aumentar, a doença pode provocar 460 mil mortes por ano até 2040.

A médica especialista da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) Lúcia Helena de Oliveira diz que, se for alcançada uma taxa de 80 por cento da vacinação contra o HPV, o cancro do colo do útero será eliminado em dez ou 15 anos.

Por isso, Lúcia Helena de Oliveira afirma que, para eliminar este tipo de cancro nos próximos anos, é necessário chegar a 80 por cento da vacinação das meninas e adolescentes.

A especialista elogia a vacina contra o HPV ao considerá-la “eficaz e segura” e afirmou que deveria ser aplicada em meninas entre os nove e os 14 anos, idade na qual, em média, se inicia a atividade sexual.

Em Portugal, o cancro no útero é o mais comum, considerando os tumores do sistema reprodutor feminino; representa cerca de seis por cento de todos os cancros nas mulheres.

Todos os anos, são diagnosticados cerca de mil novos casos de cancro do colo do útero em Portugal, sendo o país da Europa Ocidental com a taxa de incidência mais elevada deste tipo de cancro.

Nas últimas décadas, o número de casos de cancro do colo do útero diagnosticados anualmente tem vindo a diminuir, sobretudo pela sensibilização da importância do rastreio.

As alterações pré-cancerígenas e os cancros precoces do colo do útero podem ser silenciosos.

É importante não esperar até surgirem dores para consultar o médico. Quando a doença se agrava, a mulher pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas: hemorragia vaginal anormal (entre períodos menstruais regulares), após relação sexual; períodos menstruais mais prolongados; hemorragias após menopausa; aumento do corrimento vaginal; dor pélvica e dor durante as relações sexuais.

Porém, estes sintomas podem também dever-se a infeções ou outros problemas de saúde e só o médico está habilitado a fazer esta avaliação.

As mulheres que tenham algum destes sintomas devem informar o médico, para que seja possível diagnosticar e tratar atempadamente eventuais problemas.

Fonte: Sapo

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